O valor será de R$ 60,00 a R$ 300,00, dependendo de algumas regiões do Estado. Também anunciou adiamento do imposto das micro e pequenas empresas
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou novos auxílios à população para o enfrentamento da Covid-19 no Estado durante sua entrevista coletiva semanal nesta sexta-feira (26).
“Hoje anunciei auxílios emergenciais a trabalhadores dos setores de eventos e de turismo; e a taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos. Também adiamos imposto de micro e pequenas empresas. E teremos vale-gás para 115.000 famílias mais pobres, segundo CAD-ÚNICO”, informou o governador.
O governador maranhense anunciou um auxílio combustível a motorista de aplicativos, taxistas e mototaxistas. O valor será de R$ 60,00 a R$ 300,00, dependendo de algumas regiões do Estado.
A distribuição do vale botijão de gás será coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Maranhão (SEDES), já o auxílio combustível para as categorias de transporte será comandando pela Agencia de Mobilidade Urbana (MOB).
Segundo Flávio Dino, todas as medidas anunciadas serão publicadas ainda hoje, através de uma medida provisória que o governo irá divulgar.
O governador do Maranhão criticou, através das redes sociais, o decreto anunciado por Bolsonaro na quinta-feira (25) que formaliza a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19.
A formação do comitê foi decidida na quarta-feira (24), após reunião no Palácio da Alvorada, em que Bolsonaro recebeu os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, sete governadores, ministros de Estado e representantes de instituições independentes.
Dino disse que expressou sua crítica ao
presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na reunião dos governadores realizada esta manhã, sexta-feira (26).
“Na reunião com o presidente do Senado, demonstrei os erros do decreto presidencial de hoje e insisti na necessidade de um verdadeiro Pacto Nacional contra o coronavírus”, disse Flávio Dino.
“Comitê anticovid excluindo Estados e municípios? Qual a lógica disso, a não ser criar mais confusão? Mais uma agressão desnecessária e violadora do princípio da lealdade federativa”, questionou o governador do Maranhão.
Para o governador, o governo federal “mostra mais uma vez a sua irresponsabilidade diante da maior crise sanitária da história do Brasil” ao rejeitar a proposta formulada pelos governadores de um Pacto Nacional pela Vida e pela Saúde.
“Registrei que o Decreto 10.659 não criou coordenação NACIONAL, na medida em que exclui Estados e municípios. Propus que o Senado tenha um verdadeiro comitê nacional, inclusive com especialistas da área de saúde”, enfatizou Dino.
As críticas de Flávio Dino foram reforçadas pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
O governador gaúcho destacou que o país é feito pelos Estados e municípios, e a União existe como resultado dessas esferas. “Essa federação precisa ser reconhecida”, afirmou.
“Temos um duplo problema. A ausência do presidente da República na coordenação, como o presidente do Senado já destacou, e isso dificulta muito o trabalho”, avaliou Eduardo Leite.
“Somos governadores nos esforçando para articular como nação, mas estamos em um mesmo nível hierárquico. O presidente é um e somos 27. Um presidente deveria coordenar e liderar o processo, e ele não só se omite como lidera na direção contrária, enfrenta, confronta e nos faz perder enorme energia não só pelos ataques que sofremos como pelas mentiras que temos que desmentir”, completou Eduardo Leite.