
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse que o ministro da Defesa, José Múcio, “optou por um caminho de diálogo” e “fez o máximo” para defender a democracia diante dos ataques dos bolsonaristas em Brasília.
Ex-ministros da Defesa se reuniram com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), para prestar apoio a José Múcio.
Para Dino, “o ministro José Múcio optou por um caminho de diálogo com as instituições militares e ele não pode ser condenado por isso. O resultado, depois, pode levar a julgamentos precipitados, e eu prefiro acreditar que o ministro Múcio fez o máximo”.
“Eu quero aqui fazer uma veemente defesa da correção, da lealdade, da sinceridade do ministro Múcio ao comandar uma das áreas mais difíceis do governo. Difícil pelas circunstâncias e pela história brasileira”, continuou.
José Múcio está enfrentando uma pressão de alguns setores para que renuncie ao cargo de chefe do Ministério da Defesa. O presidente Lula disse que confia no ministro e que ele continuará no governo.
“Quem coloca ministro e tira ministro é o presidente da República. O José Múcio fui eu quem trouxe para cá. Ele vai continuar sendo meu ministro porque eu confio nele, relação histórica, tenho o mais profundo respeito por ele. Ele vai continuar”.
“Se eu tiver que tirar cada ministro a hora que ele comete um erro, sabe, vai ser a maior rotatividade de mão de obra da história do Brasil. Todos nós cometemos erros”, apontou.
Jaques Wagner se reuniu com Nelson Jobim, ex-ministro de Lula, Aldo Rebelo, ex-ministro de Dilma, Raul Jungmann, que foi ministro de Michel Temer, e Fernando Azevedo, ex-ministro do governo Bolsonaro.
Segundo um deles, ouvido pelo portal G1, “nossa preocupação é reforçar o apoio ao ministro Múcio. Ele está com um bom relacionamento com as Forças. Ele foi escalado para fazer a conciliação. Esse é o papel dele. E Múcio está fazendo isso muito bem. Então, agora, não faz sentido atirar pedras”.