O governador saudou a cúpula do clima e as pressões contra os desatinos de Bolsonaro como um momento de “luz, ainda que tênue, nas trevas”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), participou nesta quinta-feira (22) do seminário “O mundo de olho na Amazônia: Ameaças e oportunidades para o Brasil”, organizado pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e pela Fundação Fernando Henrique Cardoso.
O ex-presidente da República foi um dos palestrantes, assim como o ex-ministro Raul Jungmann, entre outros intelectuais. O objetivo foi dialogar sobre a expansão do desmatamento e das atividades ilegais na Amazônia e os riscos que isso acarreta para o Brasil.
Flávio Dino destacou que em outros momentos de “impasses na história da humanidade”, a solução de líderes globais foi a busca de guerras para criar novos investimentos, abrir oportunidades e movimentar a economia. “Dessa vez nós temos um contraste positivo. Vivemos uma crise, que é um termo aparentemente gasto, mas é o adequado pra explicar o momento que nós temos transições de hegemonia no mundo. As clivagens da geopolítica mundial explicam muitos problemas que o Brasil e o mundo enfrenta”, comentou o governador.
Os palestrantes fizeram referência à Cúpula de Líderes sobre o Clima, que começou no mesmo dia. “Eu saúdo esse momento que estamos vivendo, esse 22 abril, como um sinal, ainda que tênue, de luz no meio das trevas, para que nós possamos reviver utopias [de salvar a floresta amazônica]”, disse Flávio Dino.
“Todos esses objetivos que nós colocamos no horizonte podem ter se aproximado, mesmo que milimetricamente. Mas as grandes caminhadas são feitas assim, acho que tivemos um dia positivo, que deve ser comemorado assim. Nós precisamos da alegria, porque somente ela derrota o fascismo, derrota as ditaduras, derrota as trevas. E hoje é um dia, ao meu ver, nesse sentido, de pequena alegria”, completou o governador.