O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), questionou a afirmação feita por Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia de que se reuniu poucas vezes com Bolsonaro e que ele nunca dizia o que o Ministério da Saúde deveria fazer.
“Se o presidente da República não se reuniu com o seu ministro da Saúde no auge da pandemia, se nada orientou, nada sabia e nada decidiu, o que ele é? Um nada?”, publicou Dino em seu Twitter.
A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) disse que isso mostra “a prioridade que o governo Bolsonaro dá para a vida dos brasileiros”.
“Em meio a uma pandemia, com mais de 200 mil mortos, o ministro da saúde encontrava o presidente uma vez por semana”.
Manuela publicou ainda que “Pazuello atribui sua demissão do Ministério da Saúde como ‘missão cumprida’. A missão era matar 400 mil brasileiros?”.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que “o ex-ministro Pazuello parece esperar uma medalha pelo desempenho à frente da Saúde. Só para recordar: ele recebeu a pasta com 233 mil casos e 15.633 mortos. Entregou com 11,5 milhões de casos e quase 280 mil mortos. Parece um caso de fracasso que subiu à cabeça”.
Vieira, que fará suas perguntas para Pazuello na quinta-feira (20), disse que Jair Bolsonaro é “irresponsável” e que o que ele publica em suas redes sociais não pode ser desassociado de sua política.
“Pazuello confirma o que já se suspeitava: temos um tal “agente político na internet” que tem o mesmo CPF, nome e cara do presidente da República, mas não deve ser considerado como tal. Suas falas seriam ‘só políticas’, sem impacto real. O nome certo disso é irresponsabilidade”.