O presidente do Cidadania, Roberto Freire, disse que a reunião dos partidos e movimentos que organizam a manifestação do dia 2 de outubro reafirmou “unidade” pelo impeachment de Jair Bolsonaro e rechaçou “hostilidade” a qualquer participante.
“Teve participações da esquerda à direita, foi muito amplo. Teve a presença do MBL [Movimento Brasil Livre], por exemplo”, relatou Freire ao HP.
A reunião preparatória com a presença de representantes de partidos e entidades para o ato do próximo sábado (2 de outubro) foi realizada na segunda-feira (27).
O ex-senador afirmou que “os discursos foram todos no sentido de unidade” e não houve “nenhuma hostilidade em relação ao MBL. Ao contrário, todos saudando a presença. Vai todo mundo trabalhar para que todos sejam bem recebidos, nada de hostilizar”.
O MBL foi convidado a participar da reunião, mas ainda não está confirmado que participará do ato.
“Do ponto de vista político, essa foi, talvez, a maior reunião de manifestação que eu participei nos últimos tempos. Tinha uma presença muito grande de dirigentes, organizações sindicais e da sociedade civil e partidos políticos”, continuou.
Os partidos Cidadania, Solidariedade, PDT, PSB, PCdoB, PSol, PT, PV e Rede participaram do ato, enquanto o PSL e o Avante tiveram representantes.
Dezenas de entidades representativas e da sociedade civil estiveram na reunião da segunda-feira e vão se somar à manifestação. É o caso da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), do Esporte pela Democracia, da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), que é ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do MST, da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e das centrais sindicais como a CTB, UGT, CSB, CUT e Força Sindical.
Roberto Freire ressaltou que mesmo os partidos que não participaram da reunião, como o PSDB, vão participar dos atos nos estados.
Para Freire, “uma coisa interessante” que foi discutida na reunião “é que o palanque vai ser verde e amarelo”.
“O verde e amarelo não pode estar dividindo o país. Usar a bandeira nacional como se fosse do seu partido é perigoso”, disse, se referindo ao sequestro que os bolsonaristas fizeram dos símbolos nacionais.
PEDRO BIANCO
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