Os servidores municipais de Maceió deflagram greve para cobrar reajuste salarial de 15,41%, nesta terça-feira (17). O percentual corresponde à perda salarial dos anos de 2014 a 2018. A grave já abrange 50% do funcionalismo municipal, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió (Sindspref).
A greve foi aprovada na última quarta-feira (11) após a Prefeitura de Rui Soares Palmeiras (PSDB) cessar as negociações com a categoria propondo 3% de reajuste, retroativos apenas ao mês de junho de 2018, patamar muito distante da perda salarial do período. “A questão é a Prefeitura não querer dar o retroativo contando a partir de janeiro, que é a data base, eles estão propondo o reajuste com retroativo de junho, e isso a gente não aceita”, disse Sidney Lopes, presidente do Sindspref.
A Secretaria Municipal de Gestão alega que “a proposta de reajuste de 3% a partir de junho, ofertada pela Prefeitura de Maceió, é o percentual possível, considerando a capacidade financeira do Município e respeitando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.”.
Sidney defende que: “A Greve é a única forma de cobrar o nosso direito. A legislação diz que o gestor municipal deve atualizar anualmente o salário do servidor público do município baseado no IPCA e com data-base em janeiro. Pois, estamos desde 2014 com perdas inflacionárias e a proposta que o prefeito oferece contempla apenas IPCA de 2017 e ainda não consagra a data-base”.