Os trabalhadores da LG em Taubaté aprovaram greve por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (12), após rejeitarem proposta de indenização pelo encerramento da produção na fábrica da cidade. A decisão foi tomada em assembleia nas portas da unidade.
Na última semana, a empresa anunciou o fim da produção em Taubaté, com o fechamento da divisão de celulares e a transferência do setor de monitores e notebooks para Manaus. De acordo com a empresa, devem permanecer na cidade apenas de call center e assistência técnica na cidade.
“Se hoje estamos aqui na porta do LG, isso é única e exclusivamente por culpa da empresa. A LG tomou uma decisão unilateral de fechar a fábrica de Taubaté. Nós vamos fazer a luta que for necessária para defender o interesse dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (Sindmetau), Claudio Batista.
A proposta rejeitada pelos funcionários estabelecia pontos como o pagamento de indenização que com valores entre R$ 8 mil a R$ 35,8 mil, conforme tempo de trabalho na empresa, extensão do plano médico até janeiro de 2022, participação de lucros e resultados (PLR), indenização de acordo com tempo de casa, qualificação profissional para reinserção no mercado de trabalho, entre outros.
No dia 5 de abril, a fabricante sul-coreana disparou um comunicado onde informava o encerramento global da divisão de celulares, alegando que a área acumulava um prejuízo de 4,1 bilhões de dólares. A empresa informou em seguida, em reunião com o Sindmetau, que pretende levar a linha de notebooks e celulares de Taubaté para Manaus.