Os funcionários do Banco Central já planejam uma nova paralisação, no dia 9 de fevereiro, como parte das manifestações do funcionalismo federal por recomposição salarial e contra o desmonte dos órgãos públicos promovido pelo governo Bolsonaro.
Segundo nota do presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), Fábio Faiad, “a conversa com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, está sendo produtiva e positiva. Contudo, com as últimas declarações do presidente Bolsonaro, do deputado Ricardo Barros e do ministro Paulo Guedes, sugerindo que o reajuste será dado somente para os policiais federais, excluindo os servidores do BC, mantivemos a paralisação de 9/2”.
O sindicato também avalia que a mobilização do último dia 18, com paralisação de 50% dos serviços – “somando as participações virtuais (as pessoas que desligaram os computadores e as que participaram da assembleia virtual do sindicato) e as paralisações presenciais em Brasília” -, foi um sucesso, e que, para o dia 9 de fevereiro, pretende aumentar a adesão da categoria.
“Esperamos uma resposta concreta do Governo ainda na primeira quinzena de fevereiro. Caso contrário, passaremos a debater a proposta de greve geral por tempo indeterminado a partir de 9 de março”, diz o Sinal.
Os servidores do BC, assim como os auditores fiscais da Receita, auditores do Trabalho e funcionários de outras carreiras, em protesto contra o descaso do governo com o funcionalismo, iniciaram desde dezembro a entrega de cargos comissionados no órgão e, até agora, já atingiram a marca de cerca dois mil cargos entregues.
Segundo o sindicato, isso representa “mais de 50% do total, mesmo sendo mês de férias, e até 9/fev queremos aumentar a adesão”.
A entidade reafirma que o objetivo da mobilização é “reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC, bem como a Reestruturação de Carreira de Analistas e Técnicos do BC (demandas sem impacto financeiro)”.