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Os trabalhadores do Banco do Brasil promoveram uma paralisação, nesta sexta-feira (29), contra o pacote de “reestruturação” anunciado pela diretoria do banco que prevê a demissão de 5 mil funcionários e o fechamento de mais de cem agências, em plena pandemia.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), a paralisação ocorreu tanto nas capitais e grandes cidades, como em municípios do interior, paralisando agências, postos de atendimento e escritórios da instituição.
“A paralisação no dia de hoje foi muito boa. Muitos bancários entenderam a importância de cruzar os braços. Não foi uma paralisação contra o nosso trabalho, mas para cobrar respeito e dignidade por parte da direção do Banco do Brasil”, explicou o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
Na semana que vem, será avaliada a continuidade da mobilização, caso a direção do Banco do Brasil se recuse a dialogar com seus funcionários sobre eventuais mudanças no banco.
“A Comissão de Empresa vai se reunir na próxima semana, junto com o Comando Nacional, para avaliarmos como foram os atos no Brasil inteiro. Vamos montar um novo calendário de lutas caso o banco não nos chame para a negociação. Não descartamos a possibilidade de greve dos funcionários do Banco do Brasil”, afirmou o coordenador da CEBB.
O plano quase custou o cargo do presidente da instituição, André Brandão, após o anúncio dos cortes, em 11 de janeiro, pois Bolsonaro, segundo veiculado à época, se irritou com Brandão e expressou a interlocutores a intenção de demiti-lo por ter feito o anúncio no mesmo momento em que o governo sofria com os desgastes da saída da Ford do país.