Assim como os auditores fiscais da Receita e conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), funcionários do Banco Central (BC) também iniciaram um movimento para entrega de cargos de chefia, por reajuste salarial, e em protesto contra o governo Bolsonaro, que prometeu aumento apenas aos policiais federais, deixando de lado os mais de 90% de servidores públicos federais.
O Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal) também anunciou que os funcionários do BC vão aderir à paralisação de servidores de diversos órgãos que ocorrerá no próximo dia 18, organizada pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).
“A ideia é fazer reuniões virtuais com servidores de todo o Brasil para convencê-los a aderir, até como forma de pressão para conseguir uma reunião com o presidente [do BC] Roberto Campos Neto. A gente acredita que nas próximas duas semanas teremos uma lista grande”, afirmou o presidente do Sinal, Fabio Faiad Bottini.
“Vamos inviabilizar a administração porque não está sendo atendido o pleito justo também para servidores do BC”, disse.
Em nota, o sindicato convoca os funcionários: “o único caminho real para resolvermos nossos problemas atuais é o das mobilizações!”.
“Chamamos todos os servidores para os três processos de mobilização que o Sinal, o SintBacen e a ANBCB estão construindo em conjunto: a) Assinar a lista de não-assunção de comissões, assinar a lista de entrega de comissões e substituições, e preparar-se para o grande dia de protesto pela Reestruturação da Carreira a ser realizado em 18 de janeiro, com atividades virtuais para todas as praças e protesto presencial em Brasília”, prossegue a nota.
Além dos auditores fiscais e outros servidores da Receita, que iniciaram as mobilizações e a entrega de cargos de chefia, outras categorias como do Judiciário e Executivo federal já se movimentam para aderir ao protesto e paralisação.