Os funcionários do Banco Central decidiram manter a greve por tempo indeterminado, após meses de tentativas de uma agenda de negociação com o governo federal.
A continuidade da greve foi aprovada em assembleia da categoria, na terça-feira (14), por 80% dos votos válidos, segundo informações do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
Os servidores do BC, que lutam por recomposição salarial e reestruturação de carreira, enviaram nova proposta ao Banco Central no dia 7 de junho. A categoria reduziu a reivindicação de recomposição salarial em 2022 de 27%, para 13,5%, para os analistas, e proporcionalidade de 60% para os técnicos da instituição.
A categoria está em greve desde o dia 1º de abril, com uma trégua na paralisação por duas semanas e o retorno à greve em 3 de maio. Mesmo com os serviços e divulgações do órgão prejudicados com a paralisação, o governo tem se negado a negociar as demandas dos servidores.
Para debater a greve no órgão, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou convite ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, para prestar informações sobre o andamento das negociações com os funcionários.
O requerimento de convite é do presidente da Comissão, deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), e a data da audiência pública ainda será marcada.