
O General Peternelli, que é deputado federal pelo PSL de São Paulo, afirmou, na quarta-feira (18), em entrevista ao site “Congresso em Foco”, após ser questionado sobre mais uma manifestação golpista convocada para o dia 31 de março, que “o momento agora não é para isso”. O general invocou tanto razões políticas quanto sanitárias para sustentar sua opinião.
Ele disse que o governo está sendo representado pelo Ministério da Saúde. “Temos de acreditar é no governo, e o governo está representado nesse caso pelo ministro da Saúde. Não li sobre essa manifestação, mas acredito que não está de acordo com o que o Ministério da Saúde orienta, afirmou. A opinião do general e deputado não agrada nem um pouco a Bolsonaro que tem procurado esvaziar as atribuições de Luiz Henrique Mandetta.

“Nosso foco agora tem de ser no combate ao coronavírus”, disse o general. Segundo ele, a hora é de união e de se discutir a pauta que realmente interessa aos brasileiros. “Quando se tem determinado cartaz desse tipo [pelo fechamento do Congresso], tem de ter respaldo legal e o mínimo de contexto lógico. Isso não ocorre. Já me manifestei contra esse tipo de manifestação ‘fora Maia’, ‘fora Alcolumbre’ e até ‘fora Bolsonaro’.
Outro órgão que havia apoiado o ato do dia 15 de março, o Clube Militar do Exército do Rio de Janeiro, também criticou a convocação do ato golpista no dia 31 de março. O chefe de comunicação do Clube Militar do Exército do Rio, o coronel Ivan Cosme, afirmou que a instituição não tem qualquer ligação com os chamados feitos por bolsonaristas nesta terça. “O clube não tem nada a ver com isso. O clube faz, é tradicional, este ano não vai fazer e desconhecemos qualquer tipo de iniciativa a esse respeito”.
Segundo o coronel, os militares não apoiam o fechamento do Parlamento. “O clube atua sempre pela legalidade da coisa, para que ela flua. O clube não tem participação nisso. Isso não tem nada de legal e nós não apoiamos esse tipo de coisa”, declarou o militar.