O deputado General Peternelli (PSL-SP) lamentou a saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva e declarou que a troca no comando do ministério representa uma “descontinuidade nas atividades”.
A demissão do general Fernando Azevedo e Silva, do Ministério da Defesa, foi anunciada na segunda-feira (29), após uma reunião de poucos minutos de duração com Bolsonaro. Em sua carta de despedida, Azevedo e Silva enfatizou que sua gestão no ministério preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”, e não a serviço do golpismo de Bolsonaro.
“Estamos na hora de buscar uma solução para a pandemia e o desemprego. Tem muita gente passando fome, muita gente não está levando comida para casa e as Forças Armadas não terão espaço para que prospere uma situação de radicalismo. Desconheço as razões [da demissão]. Só tenho a lastimar porque, na minha opinião, ele foi um bom ministro da Defesa”, disse o deputado.
Em entrevista ao site Congresso em Foco, o general Peternelli descartou a possibilidade de haver alguma ligação entre a demissão do ministro e eventuais manobras militares às vésperas dos 57 anos do golpe militar de 1964. “O Exército não deixará seu caráter institucional porque é uma instituição de Estado e assim continuará a ser”, ressaltou Peternelli.
Nesta terça-feira (30), os três comandantes das Forças Armadas devem se reunir com o novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, para decidir se continuarão ou não em seus cargos.
Os comandantes Edson Pujol (Exército), Antonio Carlos Moretti (Aeronáutica) e Ilques Barbosa Júnior (Marinha) discutiram uma renúncia conjunta na noite da segunda-feira (30) após a demissão do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa.
Os três comandantes não se conformaram com a saída do general Azevedo e Silva.
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