“O preço desses entraves do governo federal é o aumento do número de óbitos”, destacou o governador do Maranhão
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), chamou a atenção, em entrevista ao jornal maranhense “Rede Carta”, no domingo (16), que o conjunto da obra da vacinação do governo federal é muito ruim no Brasil.
“Os entraves à vacina Sputnik V por parte da Anvisa não é um caso isolado, lembremos que Bolsonaro mandou o Pazuello rasgar o contrato de compra da CoronaVac”, observou.
Flávio Dino destacou que o Brasil vive um “pesadelo inimaginável”, elevado “à enésima potência”, sob comando de Jair Bolsonaro e que o preço dos entraves do atual governo é o aumento do número de óbitos pela Covid-19 no Brasil.
Ele lembrou que governadores travam, há seis meses, uma verdadeira batalha com a gestão federal e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aprovação da vacina russa Sputnik V, usada por 64 países do mundo.
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“Eu nunca tive nenhum tipo de ilusão, de esperança com Bolsonaro na Presidência da República, eu conheço ele, fui deputado com ele. Agora [o que está acontecendo] é um pesadelo inimaginável. Pega seu pesadelo, coloca à enésima potência e nós chegamos a esse quadro”, afirmou o governador.
Ele admitiu que não estava preparado para tantas tragédias. “O preço desses entraves do governo Bolsonaro é o aumento do número de óbitos. Não podemos naturalizar essas mortes, são vidas!”, disse, após citar a negligência confirmada pela diretoria da Pfizer na CPI da Pandemia.
O governador revelou ainda que já recebeu dos produtores russos da vacina a resposta dos últimos questionamentos da Anvisa e espera o fim dessa novela em breve.
“Enquanto isso, na Argentina 12 milhões de vacinas Sputnik já foram aplicadas, razão pela qual temos um indicador objetivo de segurança e eficácia”, disse Flávio Dino.