O governo de Minas Gerais anunciou na manhã desta quinta-feira (8) durante coletiva de imprensa na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, que o estado só tem estoque de sedativos para mais um ou dois dias.
“Estamos correndo risco de pacientes intubados acordarem por falta de sedativos, isso não pode acontecer”, disse o governador Romeu Zema. De acordo com ele, a baixa no estoque é reflexo de uma mudança no Ministério da Saúde e do aumento na demanda pelo medicamento.
“A indústria conseguiu triplicar, mas o consumo aumentou muito. Hoje a situação é crítica. Amanhã podemos ter notícias desagradáveis, caso o fornecimento não seja normalizado”, disse Zema.
Durante a coletiva, também foi confirmado o número de mortes nas últimas 24 horas em Minas Gerais: 492. Com isso, o estado registrou a triste marca de 1 mil mortes em apenas dois dias. Na quarta-feira (7), Minas já havia contabilizado 508 novos óbitos , o recorde desde o início da pandemia no ano passado.
Em relação à possível nova variante circulando em Belo Horizonte, Romeu Zema demonstrou preocupação. “Toda mutação significa uma dificuldade adicional. Isso está sujeito a acontecer em qualquer lugar e indica que o processo de vacinação precisa ser agilizado . Só assim vamos garantir que o Brasil não seja esse celeiro de mutações”, disse. O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, disse que a nova cepa tem mutações importantes, mas destacou que ainda não se sabe se ela seria, por exemplo, mais letal do que as outras. Baccheretti informou que a ‘onda roxa’ será prorrogada até o dia 18 de abril no estado. Segundo ele, esta é a segunda prorrogação. A onda roxa vale para quase todas as macrorregiões de Minas, menos as duas no Triângulo Mineiro, que estão na onda vermelha.