Avaliação negativa da gestão está estável; trabalho do presidente é rejeitado por 55% e aprovado por 25%. Governo segue derretendo e sem sinais de reversão do declínio
De acordo com pesquisa PoderData realizada entre a última segunda (30) e quarta-feira (1º), a aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro caiu 4 pontos percentuais e chegou a 27%. Trata-se, segundo a pesquisa, do patamar mais baixo até então registrado pela empresa de aferição.
Os que desaprovam a gestão federal são 63%. Trata-se, pois, da segunda pior marca do governo. Perde só para o levantamento realizado há 15 dias (64%). A variação está dentro da margem de erro.
Trocando em miúdos: se a eleição fosse hoje, 6,3 de cada 10 eleitores, certamente, não votariam em Bolsonaro.
Pelos dados da pesquisa, foram 2.500 entrevistas em 472 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
DIFERENÇA ENTRE APROVAÇÃO E DESAPROVAÇÃO
A pesquisa também registrou diferença entre aprovação e desaprovação que foi recorde e marcou 36 pontos percentuais. Era de 33 pontos há 15 dias.
Em agosto de 2020, Bolsonaro chegou a ter aprovação 12 pontos superior à desaprovação. O cenário, favorável ao Planalto, manteve-se até meados de novembro, em razão dos efeitos do auxílio emergencial.
TRABALHO PESSOAL DE BOLSONARO
Em relação ao trabalho pessoal de Bolsonaro, o quadro ficou estável em relação ao de 15 dias atrás, com variações na margem de erro. Os que acham o presidente “ruim” ou “péssimo” são 55%, ante 56% na rodada anterior.
Os que o classificam como “ótimo” ou “bom” são 25%, contra 28% no último levantamento.
A pesquisa revela que o presidente, cada vez mais, reduz-se à bolha original que lhe sustenta, independentemente do desastre de gestão que dragou o Brasil para profunda crise política, que o conduziu e o mantém em outros crises derivadas da política.
Há, também, segundo mostra a pesquisa, 14% que dizem que Bolsonaro é “regular” — variação positiva de 1 ponto percentual. Outros 6% não souberam responder.
DESCOMPASSO
A disparidade entre as avaliações positiva e negativa ficou em 30 pontos percentuais, igualando o pior resultado já registrado para Bolsonaro, na rodada de 19 a 21 de julho.
Como na avaliação do governo, o presidente também registrou quadro mais confortável de agosto a novembro de 2020 — época em que o auxílio emergencial era pago a milhões de brasileiros. No fim de agosto, a vantagem de Bolsonaro foi de 8 pontos percentuais.
M. V.