O governo Temer desistiu de adiar o reajuste dos servidores federais do Executivo para 2020. O governo havia proposto postergar a correção dos salários por meio de Medida Provisória (MP), após ter sido derrotado na proposta de congelamento dos salários pela mobilização do funcionalismo na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, em julho.
O reajuste de 2019 dos servidores, que engloba diversas categorias profissionais, entre civis e militares, faz parte de um acordo firmado em 2015 entre o governo e a categoria. Assinado no ano seguinte, o acordo previa um reajuste dividido em quatro parcelas pagas de 2016 a 2019.
A tentativa de barrar o aumento dos salários para a categoria começou em 2017, quando o governo tentou dar um calote nas parcelas deste ano, suspendendo o reajuste salarial para 253 mil servidores ativos e inativos do Executivo Federal, porém o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de liminar expedida pelo Ministro Ricardo Lewandowski, garantiu a terceira parcela do acordo.
O argumento do governo para justificar o congelamento dos salários e o rompimento do acordo com os trabalhadores é que se faz necessário cortar gastos para “equilibrar” as contas, que estão “deficitárias” mas, temendo mais um desgaste político, resolveu recuar.