Diante da inércia do governo Federal em relação à vacinação da população brasileira contra a Covid-19, pelo menos 11 governadores já iniciaram conversações com o Governo de São Paulo e o Instituto Butantan para aquisição da vacina CoronaVac, produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
A compra da vacina chinesa já vem sendo tratada com o governo paulista pelos governadores do Rio Grande Norte, Bahia, Ceará, Maranhão, Acre, Pernambuco, Paraíba, Pará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; além dos prefeitos de Porto Alegre, Salvador e Curitiba, que já manifestaram em suas redes sociais interesse pela vacina e confiança no Instituto Butantan.
“Sobre as negociações para aquisição da vacina da Covid para os cearenses, informo que, desde o mês passado, tenho mantido conversas com o Governo de SP, diretamente com o governador João Doria e Instituto Butantan, responsável pela produção da Coronavac, para aquisição o mais rápido possível”, afirmou o governador do Ceará, Camilo Santana, que já tem encontro marcado em São Paulo, na segunda-feira, para negociar a compra da vacina.
Em seu Twitter, o governador da Paraíba, João Azevedo, afirmou que “a Paraíba está em negociação com o Instituto Butantan e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo para aquisição de doses da vacina contra a Convid-19. Essa é uma ação paralela ao plano do Ministério da Saúde, para nos anteciparmos e começarmos a vacinação o quanto antes”.
Na última segunda-feira, o governador João Doria anunciou que pretende iniciar a vacinação em São Paulo a partir de 25 de janeiro. Na ocasião, Doria também afirmou que a CoronaVac estará à inteira disposição dos outros Estados.
A CoronaVac, que está na fase três de testes e ainda aguarda liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vem sendo atacada constantemente pelo presidente Bolsonaro, que chama o imunizante de “vacina chinesa do Doria”.
Bolsonaro também já afirmou várias vezes que a CoronaVac não será comprada pelo Ministério da Saúde e até comemorou quando a Anvisa suspendeu temporariamente os testes com a vacina. “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, afirmou o presidente na ocasião.