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O candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), cumpriu agenda de campanha em Bauru neste sábado (3). Durante discurso na Praça Rui Barbosa, o petista falou sobre suas propostas e afirmou que, caso seja reeleito, irá “reindustrializar o Estado” a fim de recuperar empregos perdidos no setor nos últimos anos.
“João Doria e Rodrigo Garcia tiveram a ousadia de aumentar impostos na pandemia. O resultado disso é que perdemos 50% dos empregos industriais aqui da região nos últimos anos, por causa da guerra fiscal. Então, vamos criar, com as universidades públicas no Estado, o Sistema Estadual de Inovação, no modelo da Califórnia (EUA). Vocês vão ver o que é reindustrializar o Estado com tecnologia, conhecimento, ciência e parceria com o poder público”, declarou Haddad.
Para viabilizar esse processo, Haddad pondera que será necessário “constitucionalizar a autonomia universitária”. Ao invés do orçamento das universidades ficar vinculado a um único tributo (ICMS), que está sujeito a chuvas e trovoadas como aconteceu agora, com o Bolsonaro passando a mão no dinheiro dos governadores para fazer demagogia, nós vamos fazer uma cesta de tributos para dar uma maior estabilidade e previsibilidade para as nossas universidades. Inclusive, nós vamos reindustrializar o Estado com conhecimento produzido nas universidades estaduais e nas federais que têm sede em São Paulo”.
O candidato ressaltou ainda que os reitores das universidades de todo o Estado poderão vê-lo como um parceiro. Ele também citou que pretende, se eleito, implantar ao menos um curso de graduação em todos os municípios paulistas até o término do mandato.
TABELA SUS
Haddad pontuou que pretende reajustar, com o apoio do governo federal, ao menos parte da Tabela SUS, para também garantir a sobrevivência das santas casas. “Com a notícia de que o Bolsonaro vai reduzir em 42% o orçamento da saúde para o ano que vem, vocês podem imaginar o que vai acontecer”, critica.
O candidato também reforçou promessas que tem feito na campanha, como a elevação do salário mínimo para R$1580,00 em janeiro do ano que vem e a isenção total do ICMS sobre a cesta básica e carnes em São Paulo.
CONCILIAÇÃO
Também na visita a Bauru junto com Haddad, o ex-governador de São Paulo e candidato à vice-presidência com Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB), opinou sobre a importância de “unir” o país para retomar o crescimento econômico. “O Brasil precisa de união e paz, para poder voltar a crescer, ter emprego, ter renda, fazer as reformas que o país necessita. Quando você faz uma conciliação, você avança mais. Os desafios são muito grandes”, disse Alckmin.
Ele também pondera que a questão econômica será prioridade do governo federal no ano que vem, caso se ele e Lula vencerem o pleito, e que também não assumirá nenhum ministério. “Não tem nada de ministério. Já fui vice-governador de São Paulo por seis anos de um grande governador, que foi Mário Covas. Aprendi muito com ele. É ser copiloto, é ajudar”, finaliza.
O ex-ministro da Educação esteve na cidade acompanhado da candidata a vice-governadora de São Paulo Lúcia França (PSB) e do candidato ao Senado Federal Márcio França (PSB). Ana Estela Haddad, esposa de Fernando, e Maria Lúcia Alckmin, mulher de Geraldo, também estavam presentes no ato.
A princípio, os candidatos encontrariam apoiadores na Praça Rui Barbosa por volta das 11h30, caminhariam pelo Calçadão e visitariam o Centrinho/HRAC antes do almoço. Porém houve uma mudança no cronograma e os candidatos foram direto ao restaurante. Após o almoço, seguiram para Botucatu para dar continuidade a agenda da região. Inclusive, antes da passagem em Bauru, a comitiva esteve em Jaú.