“O vice-comandante deveria ter tomado as medidas corretas para não ter chegado ao ponto de jogar fogos em cima de um Poder, que é o nosso Supremo Tribunal Federal”, disse Ibaneis
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou na manhã do domingo (14/06) o subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Sérgio Luiz Ferreira de Souza.
A decisão está contida em decreto assinado pelo chefe do Poder Executivo do DF após um grupo de 30 pessoas ter atingido o STF com fogos de artifício na noite de sábado.
“Ele foi exonerado porque permitiu que manifestantes soltassem fogos de artifício em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PMDF deve servir, no mínimo, para resguardar os cidadãos e as instituições da capital federal. Se não fez isso, errou grosseiramente”, disse o governador do DF.
“O vice-comandante deveria ter tomado as medidas corretas para não ter chegado ao ponto de jogar fogos em cima de um Poder, que é o nosso Supremo Tribunal Federal”, disse.
“Fiz e vou fazer em relação a qualquer um deles. Se jogarem fogos em cima do Executivo, eu vou tomar as providências, do Legislativo, da mesma maneira, isso é uma posição minha e eu quero que esse país cresça muito. Então aqueles que acham que virão para Brasília para fazer baderna, fiquem nos seus lugares, porque aqui eles serão reprimidos de forma bastante virulenta porque eu sei usar o poder”, advertiu Ibaneis Rocha, ao comentar sua decisão.
Ibaneis informou que o comandante da PM, coronel Julian Pontes, está afastado por ter sido diagnosticado com Covid-19. “Eu só não responsabilizei e exonerei o próprio comandante da PM, porque ele está com coronavírus e internado. Não teve culpa de nada”, frisou o governador.
Desta forma, o então subcomandante Souza estava à frente da corporação. O governador afirmou que a medida de exonerar o responsável ocorre “pelo fato de não se admitir ataques à República e aos Poderes”.
O próprio Ibaneis também foi alvo das ofensas proferidas pelos manifestantes que jogaram fogos no STF. A fúria se deu por conta do decreto assinado pelo governador determinando o fechamento da Esplanada dos Ministérios neste fim de semana e a retirada do acampamento dos grupos de extrema-direita que insistiam em permanecer no local, desrespeitando as regras de isolamento social, estabelecidas para conter a disseminação do novo coronavírus.
A retirada do acampamento se deu na manhã de sábado (13), por ordem do governo do Distrito Federal. O grupo acampado já havia sido caracterizado por procuradores do DF como uma “milícia armada”, já que eles próprios admitiram possuir armas e terem campos de treinamento.
Assista ao vídeo dos fogos no STF