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Senador Randolfe Rodrigues (AP) defendeu a “responsabilização das plataformas [digitais], por permitirem práticas contrárias à dignidade humana”
O senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) afirmou que a “indústria da fake news” está lucrando com a catástrofe no Rio Grande do Sul e defendeu uma regulamentação das redes sociais que permita sua responsabilização por crimes.
“Mentira mata! Esse foi um dos grandes ensinamentos que a pandemia nos deixou. E estamos vendo a história se repetir no Rio Grande do Sul. A indústria de fake news está, uma vez mais, lucrando com a dor e a tragédia do nosso povo”, escreveu o líder do governo no Congresso.
“Vamos assistir inertes ao grande espetáculo do circo da desinformação, que continua matando e impondo sofrimento aos nossos? Ou vamos defender a responsabilização das plataformas, por permitirem práticas contrárias à dignidade humana em seus espaços? Essa é a escolha dos nossos tempos”, continuou Randolfe.
O senador foi vice-presidente da CPI da Pandemia, que investigou os crimes do governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19. O antigo governo e seus aliados usaram massivamente de fake news no período, em especial contra as vacinas e exaltando medicamentos ineficazes.
Com a catástrofe no Rio Grande do Sul, que já deixou quase 150 mortos e 130 desaparecidos, além de mais de 500 mil desalojados, as fake news estão atrapalhando o socorro à população afetada.
Circulam nos canais bolsonaristas vídeos falando que o governo federal está impedindo a chegada de doações ao Estado e desincentivando o restante do país a enviar produtos. Há também publicações que dizem que as doações estão sendo destruídas ao invés de ser enviadas para os necessitados.
O governo federal criou uma sala de guerra contra a desinformação para acompanhar e apresentar medidas e impedir a disseminação de fake news sobre as enchentes no Rio Grande do Sul.
A responsabilização das redes sociais citadas por Randolfe Rodrigues faz parte do relatório do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) sobre o Projeto de Lei de Combate às Fake News (PL 2.630/20), que foi escanteado por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
O texto de Orlando implementava a responsabilização das plataformas caso mantenham, depois de avisadas pelos usuários, publicações que atentem contra a democracia ou contra a saúde pública, entre outros pontos.