O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, dirigiu uma carta aos seus equivalentes na semana passada em que pediu “que os demais signatários e outros parceiros comerciais compensassem as perdas sofridas pelo Irã”, causadas pela saída dos Estados Unidos, na tentativa de salvar o acordo. O mundo precisa rejeitar o comportamento abusivo de Washington, afirmou ainda o chanceler. A declaração é parte dos esforços intensificados para salvar o Acordo após a saída dos EUA.
“O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) não pertence aos seus signatários para que um deles possa rejeitá-lo baseado em políticas domésticas ou diferenças políticas em relação a um governo anterior”, acrescentou Zarif na carta, que foi parcialmente divulgada no domingo pela agência de notícias iraniana IRNA.
O acordo nuclear foi resultado de “conversas multilaterais meticulosas, sensíveis e equilibradas”, destacou Zarif, e não poderia ser renegociado como os EUA exigiram.
No mês passado, sem nenhum motivo plausível, o presidente norte-americano Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo de 2015 entre o Irã e outras seis países. O pacto suspendia sanções sobre Teerã em troca de limitações ao programa nuclear do país persa.
Os demais signatários – França, Alemanha, Grã-Bretanha, Rússia e China – têm defendido a manutenção do Acordo internacional com o Irã, mesmo com a saída de Washington.