“Apresentei requerimento para convocar o senhor Jair Renan, para que ele possa dar pessoalmente um alô para a CPI e preste esclarecimentos sobre seus vínculos com o lobista Marconny Faria e supostas ameaças a parlamentares. A lei vale para todos”, escreveu o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), no Twitter. Jair Renan mostrou imagem com armas e escreveu: “Aloooo CPI kkkk”
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) anunciou, na segunda-feira (20), ter apresentado requerimento para convocar Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, para depor na CPI da Covid-19 no Senado.
Na justificativa do requerimento (pedido), que tem de ser aprovado pela comissão, Vieira citou que é preciso esclarecer os eventuais vínculos que Jair Renan mantém com o advogado, empresário e lobista Marconny Albernaz, assim como falar sobre “ameaças feitas a esta Comissão Parlamentar de Inquérito através de vídeo em loja de armamentos”, segundo o senador.
No Instagram, Jair Renan mostrou uma imagem com cerca de 10 armas e provocou: “Aloooo CPI kkkkk”.
“Apresentei requerimento para convocar o senhor Jair Renan, para que ele possa dar pessoalmente um alô para a CPI e preste esclarecimentos sobre seus vínculos com o lobista Marconny Faria e supostas ameaças a parlamentares. A lei vale para todos”, escreveu o senador, no Twitter.
Na semana passada, a CPI havia aprovado a convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro e mãe de Jair Renan, também para apresentar esclarecimentos sobre suposto vínculo com Marconny Albernaz envolvendo a nomeação de cargos no governo.
Segundo o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), há suspeita de que Albernaz, que depôs na CPI na semana passada, teria se valido de relações com Ana Cristina para encaminhar currículos para pessoas ocupar cargos na Administração federal.
Para fazer essas intermediações, o lobista cobrava “incentivos”.
Durante depoimento à CPI, Albernaz disse ter relação com Jair Renan, por meio de quem conheceu Ana Cristina. Afirmou, no entanto, que não tem negócios com a família Bolsonaro.