A juíza Anna Marín, que acompanha a acusação de estupro de uma cidadã espanhola pelo jogador de futebol Daniel Alves, apontou nos autos do processo que vê indícios “mais que suficientes” de que o brasileiro tenha cometido o crime.
A informação foi divulgada pelo jornal espanhol “El Periódico”, que teve acesso ao despacho da prisão provisória, do dia 20 de janeiro. Nesse dia tanto a vítima, quanto o acusado testemunharam frente à juíza Anna Marin, pois, na Espanha o judiciário tem poder de investigação antes mesmo de uma denúncia ser apresentada formalmente.
A juíza que conduz a investigação, chamada de juíza de instrução, ouve as partes em um depoimento inicial – nenhum deles é oficialmente considerado réu ou parte acusadora -, além do Ministério Público, quando promotores apresentam uma denúncia, o que aconteceu neste caso.
O jogador está preso de forma preventiva há quase duas semanas em Barcelona, acusado de estuprar uma mulher no banheiro de uma boate. Ele foi detido enquanto prestava depoimento sobre o caso.
Pouco após o depoimento, o jogador Daniel Alves foi preso preventivamente sem direito a fiança após cair em contradição em seu testemunho. A juíza Anna Marín acatou um pedido do Ministério Público espanhol de prisão preventiva sem fiança para o jogador. A vítima, que manteve a identidade em segredo, prestou testemunho à polícia e à justiça diversas vezes, e em nenhum mudou de versão. Porém, Daniel Alves, acusado de agressão sexual, já mudou de versão do ocorrido.