A Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou as denúncias de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, caixa 2 eleitoral e associação criminosa contra o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral de São Paulo (MPE-SP) afirma que Kassab recebeu, entre 2014 e 2016, R$ 16,5 milhões de propina da JBS, do grupo J&F, para favorecr a empresa em contratos.
Kassab foi ministro das Cidades do governo Dilma e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do governo Temer.
O juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de SP, disse que “da análise dos elementos informativos coligidos durante as investigações, extrai-se um conjunto convergente de indícios suficientemente seguros, idôneos e aptos a indicar, nesta fase processual, a plausibilidade da tese acusatória erigida no sentido de que o acusado Gilberto Kassab teria recebido vantagem indevida em razão da função, de modo continuado, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016, no montante de R$ 16.550.000,00, parte do qual, em tese, por meio de doações eleitorais não contabilizadas durante a campanha de 2014 ao Senado Federal”.
Segundo a denúncia, as investigações “revelaram não somente evidências sobre as irregularidades no aludido processo de captação de recursos, mas, principalmente, o processo de geração de ‘caixa ‘2’ na empresa e os pagamentos realizados a agentes públicos, bem como a partidos políticos e candidatos a título de doação eleitoral”.
Segundo a denúncia, a JBS passava a propina através de contratos fictícios firmados com a Yapê Assessoria e Consultoria LTDA, controlada por Gilberto Kassab.
A defesa de Gilberto Kassab negou que ele tenha recebido propina e disse que o contrato entre a Yapê e a JBS eram legais.