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A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão dos três homens que aparecem nas imagens de vídeo, amarrando e agredindo com pauladas, o congolês Moïse Kabagambe, no quiosque Tropicália, localizado no bairro da Barra da Tijuca (RJ). Imagens mostram o congolês levando ao menos 30 pauladas após ter sido amarrado.
A sentença pela prisão cautelar dos acusados foi determinada pela juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do Plantão Judiciário da capital, nesta madrugada. Na decisão, a magistrada afirma que, de acordo com o exposto apresentado pelo Ministério Público do Rio, as investigações policiais apontam a autoria delitiva na direção dos indiciados. No entanto, a juíza ressalva ser necessária a realização de diligências para a elucidação dos fatos.
Na tarde desta quarta-feira (2), os assassinos foram transferidos para o presídio de Benfica.
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Segundo a polícia, um dos presos é vendedor de caipirinhas na praia e foi preso em Paciência, também na Zona Oeste, e foi identificado como Fábio Pirineus da Silva. Ele confessou aos agentes que deu pauladas no congolês. Ele estava escondido na casa de parentes.
À tarde, outro homem que admitiu ter cometido as agressões que resultaram na morte do congolês se apresentou na 34ª DP (Bangu) e foi levado para a Delegacia de Homicídios do Rio. Ele foi identificado como Alisson Cristiano Alves de Oliveira e tem 27 anos.
Em um vídeo, Alisson afirmou que “ninguém queria tirar a vida dele” [Moïse] e que o grupo foi “defender o senhor” do quiosque do lado, com quem Moïse teria tido “um problema”.
O terceiro preso é Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota. Segundo a polícia, ele aparece no registro das agressões imobilizando Moïse no chão.
ASSASSINOS QUESTIONARAM SOBRE CAMÊRAS
O dono do quiosque Tropicália prestou depoimento à polícia na terça-feira (01). Segundo o depoimento, Moïse não trabalhava mais no quiosque, mas sim na barraca ao lado. A defesa dele afirmou que o homem não conhece os agressores, mas ainda assim eles entraram em contato com o proprietário para saber sobre as câmeras de segurança.
O dono do quiosque negou que havia dívidas do quiosque com Moïse. Segundo sua defesa, ele estava em casa quando o congolês foi espancado e apenas um funcionário do estabelecimento estava no local no momento das agressões. O delegado também disse que as pessoas que agrediram o congolês não trabalham no quiosque.
Ainda com o corpo de Moïse Kabagambe estirado no chão, um dos homens que usou um porrete de madeira para bater na vítima enviou um áudio para o proprietário do quiosque Tropicália para indagar sobre o funcionamento das câmeras do local. Desconfiado, o dono do estabelecimento respondeu que elas estavam desligadas.
O áudio foi enviado ao proprietário por Fábio Pirineus da Silva, conhecido como Belo. Nas imagens é possível contabilizar que Belo desferiu, pelo menos, 25 golpes de porrete em Moïse.
Também foi Belo quem usou uma corda para amarrar as mãos e os pés do congolês. Ainda pelas câmeras, ele é flagrado usando o celular enquanto entrega o porrete para outro homem, que desfere mais cinco golpes na vítima. Belo trabalhava em uma barraca na areia da praia e utilizava, inclusive, a blusa personalizada com o nome dela enquanto espancava o imigrante.
De acordo com o proprietário, Belo enviou o áudio pouco tempo após o receber uma ligação de um conhecido informando que Moïse havia apanhado de um grupo de pessoas e que, aparentemente, estaria morto. Ainda de acordo com o dono do quiosque, Belo pareceu aliviado ao ser informado de que as câmeras estariam desligadas. Após o crime, o proprietário solicitou que um técnico recolhesse as imagens e as entregou à polícia.
Foi através dessas imagens que o proprietário reconheceu os outros dois agressores pelos apelidos de Tota e Dezenove, sendo Brendon Alexander Luz da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, respectivamente.
Em coletiva, o titular da Delegacia de Homicídios da Capital, delegado Henrique Damasceno, afirmou que nenhum dos três indiciados trabalhava no quiosque. “Essas três pessoas não trabalham no quiosque. O próprio dono do quiosque auxiliou bastante nas investigações sendo solícito à Polícia Civil, fornecendo as imagens, inclusive auxiliando na identificação desses autores”, afirmou.
Muito triste o caso do congolês cruelmente assassinado na barra, mas tão estúpida como a morte dele é a cobertura que estão fazendo transformando essa tragédia em palanque politico. Passando na tv uma ” manifestação” recheada de bandeiras vermelhas e mauricinhos e patricinhas q provavelmente ignoram as ditas minorias diariamente pelas ruas. Deprimente.
Não entendemos. Você preferia que esse pessoal não se manifestasse contra a morte de Moïse Kabagambe?