O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu a prerrogativa para que a Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, que é a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, não responda, no depoimento à CPI da Pandemia, as perguntas sobre suas ações entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021 referentes a crise em Manaus.
O depoimento da Capitã Cloroquina está marcado para a terça-feira (25).
Ela foi designada pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para organizar uma comitiva que foi a Manaus (AM) fazer pressão pelo uso da cloroquina no tratamento de Covid, o que é rejeitado por todos os estudos internacionais.
O primeiro pedido feito por Mayra Pinheiro ao STF para que pudesse ficar calada diante dos senadores foi negado. A secretária do Ministério da Saúde entrou com recurso argumentando que ela é investigada no mesmo inquérito que Eduardo Pazuello, que tinha conseguido o habeas corpus junto ao STF.
Ricardo Lewandowski, então, autorizou que ela não responda apenas sobre os fatos investigados no inquérito. Nos outros assuntos, Mayra Pinheiro deverá “pronunciar-se sem reservas”.
Além da comitiva da cloroquina, Mayra também participou do lançamento do aplicativo TrateCov, que orientava os médicos a darem cloroquina para todos os pacientes com Covid, independente de idade ou gravidade da doença.