
Ele defendeu que o Brasil “volte a crescer”. “Para que ele volte a crescer, o governo tem que ter a iniciativa de colocar dinheiro para movimentar a economia”
O ex-presidente Lula afirmou que “não existe saída para o Brasil se ele não voltar a crescer”, “o que não dá é para você ficar paralisado”.
“Para que ele volte a crescer, o governo tem que ter a iniciativa de colocar dinheiro para movimentar a economia. Ou dinheiro através do orçamento, ou dinheiro através dos bancos de desenvolvimento”, avaliou.
O que ele chamou de “conserto” do país deve passar por conversar com “os empresários e discutir um programa de desenvolvimento e de investimento”. Um dos focos, disse, deve ser transformar o Brasil em um país industrial.
“Para você se transformar num país industrial, é preciso que você tenha competência de fazer investimento em ciência e tecnologia, é preciso que você faça mais universidades, mais escolas técnicas”.
Em entrevista à Rádio Conexão, de Tocantins, Lula contou sobre o documento que recebeu do movimento sindical sobre a questão trabalhista. O ex-presidente declarou que com a reforma trabalhista “voltamos quase que a um tratamento do tempo da escravidão”.
Ele disse que está conversando com o movimento sindical uma forma de reconstruir as relações trabalhistas através da superação da reforma imposta por Michel Temer e levando “em conta o mundo do trabalho de hoje, os avanços tecnológicos”.
Para ele, “os trabalhadores precisam ser tratados com respeito, não podem ficar reféns, sem ter nenhuma seguridade social”.
Para ele, a reforma de Michel Temer “foi a destruição dos direitos conquistados, oferecendo ao trabalhador um nada, um emprego intermitente, a ideia do empreendedorismo como se você entregar comida numa moto ou numa bicicleta ou se você trabalhar no Uber fosse empreendedorismo”.
“Sem que o trabalhador tenha nenhum direito, nenhuma seguridade social, não tenha descanso semanal remunerado, férias, 13º, Natal, ano-novo”..
“Criar uma mesa de negociação entre governo, empresários e sindicatos, se for necessário chamaremos as universidades, para que a gente construa uma nova relação de trabalho, mais civilizada, mais moderna, mais humanitária do que a que nós temos hoje”, continuou o ex-presidente.