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Lula fará reuniões com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na próxima semana, para retomar o diálogo republicano entre os poderes.
O presidente eleito tem como desafio harmonizar a convivência entre os poderes executivo, legislativo e judiciário, depois de quatro anos de atritos causados por Jair Bolsonaro. É um movimento buscando reforçar a estabilidade institucional, estabelecendo diálogo com os poderes Judiciário e Legislativo, movimento que tem sido chamado de “reconstrução nacional”.
Pelas redes sociais, Lula comemorou a nomeação oficial, pela Casa Civil, do vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB), como coordenador da equipe de transição do novo governo. “Bom dia. Vamos trabalhando na transição para um futuro melhor para todos”, escreveu Lula.
Na segunda-feira (7), Lula viajará para Brasília para começar as conversas com os presidentes do STF, Senado e Câmara.
O presidente eleito, que está descansando por alguns dias junto à sua esposa, Janja, no litoral da Bahia, comunicou, através da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que não irá interferir nas eleições da Câmara ou do Senado.
Gleisi falou, em reunião com lideranças partidárias, que o Executivo sai prejudicado toda vez que se envolve na disputa pela presidência da Câmara e Senado.
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e do Congresso Nacional, afirmou que o papel do futuro governo será “reunificar o Brasil, dando basta ao ódio e à intolerância”.
“O Brasil precisa de uma liderança e de um comando que possa unificá-lo, e tenho expectativa de que esse governo possa cumprir esse papel de governar para todos os brasileiros. E que todos possam, independente de ideologia, possam se sentir acolhidos”, continuou.
Arthur Lira cumprimentou o presidente eleito e disse que será “preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas”.
Já a ministra Rosa Weber, que preside o STF, fez um apelo para que todas as lideranças se unam em “um esforço coletivo, e que nos irmanemos em prol da unidade, do respeito e do fortalecimento das nossas instituições”.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Depois das conversas com Rosa Weber, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, Lula deverá viajar para o Egito para participar da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP27). Simone Tebet (MDB-MS) e Marina Silva (Rede-SP) estarão na comitiva do futuro presidente.
O presidente do Egito, Abdel Fattah El Sisi, convidou Lula para o evento em sua mensagem de parabéns pela eleição.
El Sisi se diz “confiante de que o Brasil é capaz de desempenhar um papel positivo e construtivo durante esta tão esperada cúpula para avançar na ação climática em nível internacional”.
Com Jair Bolsonaro, o Brasil passou a ser um pária internacional, sendo deixado de lado dos grandes debates internacionais, em especial sobre a preservação ambiental.
Lula já disse que pretende, antes mesmo da posse, realizar viagens internacionais para conversar com lideranças e reestabelecer o papel fundamental que tinha nas relações internacionais antes de Bolsonaro.