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Informação já foi confirmada. Com esse movimento, Lula vai preenchendo a Esplanada e consolidando a frente ampla, que o elegeu no segundo turno, em outubro
A ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) vai ser novamente ministra do Meio Ambiente no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela ocupou a pasta entre 2003 e 2008.
O convite foi feito na última sexta-feira (23) por Lula. A informação já foi confirmada. Com esse movimento, Lula vai preenchendo a Esplanada e consolidando a frente ampla, que o elegeu no segundo turno, em 30 de outubro.
Marina postou nas redes sociais que defende indicação “técnica” para a chefia da Autoridade Climática, que vai ser criada e que teria sido oferecida a ela anteriormente. Ela teria sugerido para o cargo a ex-ministra Isabela Teixeira.
A senadora e ex-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS), também se reuniu com Lula sexta-feira, mas a colocação dela no novo governo segue em aberto. Ela poderá ocupar o Ministério do Planejamento.
Não há risco de a senadora ficar de fora. As posições estão sendo ocupadas, mas o jogo é de xadrez. As peças movimentadas precisam ser estudas, pois, cada movimento tem implicações que se replicam no Congresso Nacional — Câmara dos Deputados e Senado Federal — na montagem da ampla base de sustentação parlamentar do novo governo.
ENTENDIMENTOS EM CONSTRUÇÃO
Lula passou parte do dia com a parlamentar, que chegou a acompanhá-lo no voo de Brasília para São Paulo.
O presidente eleito teria proposto que ela ficasse com o Meio Ambiente; Tebet teria aceitado, com a condição de que Marina Silva concordasse, o que não ocorreu.
Agora, entre as possibilidades para Tebet estão Planejamento, tido como “técnico e sem protagonismo”, ou Cidades, oferecido ao MDB, mas na cota destinada a algum deputado federal, como parte da aliança com o governo.
A decisão no MDB deve ser tomada até a próxima terça-feira (27).
OUTRAS NEGOCIAÇÕES
O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), pode ir para a Integração Nacional com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AP).
O senador mineiro Alexandre Silveira, do PSD, pode ir para Minas e Energia, apadrinhado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O partido também passaria a comandar a Agricultura, com o senador Carlos Fávaro, do Mato Grosso.
O MDB do Senado ficaria com o Ministério dos Transportes, com o ex-governador de Alagoas e senador eleito Renan Filho.
Segundo o deputado federal Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, o objetivo das negociações é assegurar a maior base possível no Congresso.
NOMES ANUNCIADOS QUINTA
- Secretaria-Geral da Presidência: Márcio Macedo (PT)
- Relações Institucionais: deputado Alexandre Padilha (PT-SP)
- AGU (Advocacia-Geral da União) – Jorge Messias
- Ministério da Ciência e Tecnologia – ex-vice-governadora (PE), Luciana Santos (PCdoB)
- Ministério da Cultura: Margareth Menezes
- Ministério do Desenvolvimento Social: senador eleito, Wellington Dias (PT-PI)
- Ministério do Trabalho: deputado federal eleito, Luiz Marinho (PT-SP)
- Ministério da Indústria e Comércio: vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB-SP)
- Ministério da Educação: senador eleito, Camilo Santana (PT-CE)
- Ministério da Igualdade Racial: ativista social Anielle Franco
- Ministério da Saúde: Nísia Trindade – presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)
- Ministério das Mulheres: Aparecida Gonçalves
- Ministério de Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB-SP)
- Ministério dos Direitos Humanos: Silvio Almeida
- Ministério da Gestão e Inovação: Esther Dweck
- CGU (Controladoria-Geral da União): Vinicius Carvalho
Até então, Lula havia anunciado oficialmente cinco ministros:
- Fernando Haddad (PT-SP), Fazenda;
- Flávio Dino (PSB-MA), Justiça;
- Rui Costa (PT-CE): Casa Civil;
- José Múcio Monteiro: Defesa; e
- Mauro Vieira: Relações Exteriores
Veja a lista de ministérios que faltam preencher:
- Ministério da Agricultura e Pecuária
- Ministério do Planejamento
- Ministério da Integração e Desenvolvimento
- Ministério da Pesca
- Ministério da Previdência
- Ministério das Cidades
- Ministério das Comunicações
- Ministério de Minas e Energia
- Ministério do Desenvolvimento Agrário
- Ministério do Turismo
- Ministério dos Povos Indígenas
- Ministério dos Transportes
- Ministério do Esporte
DEPOIS DO NATAL
Na última quinta-feira (21), quando ocorreu a abertura do evento de anúncio de novos nomes para compor o governo, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do grupo de transição em Brasília, Lula disse que os ministérios que faltam devem ser anunciados até a próxima terça-feira (27), depois do Natal, e que outros aliados ainda devem ser relacionados.
“Quem tem expectativa, não perca expectativa porque tudo pode acontecer nos próximos dias. E certamente teremos novidades e novidades do bem”, disse.
“Ainda estão faltando 13 ministros que eu e Gleisi [Hoffmann] vamos começar a trabalhar depois do almoço para a gente ver se termina e quem sabe na segunda [26] ou na terça-feira [27] a gente definitivamente tenha terminado de anunciar os ministérios”, disse.
EQUIPE DOS MINISTROS
“Depois que a gente anunciar os ministérios tem muita coisa para acontecer em cada ministério. Cada companheiro tem que montar sua equipe.”
“Essa equipe é importante que atenda as pessoas mais competentes, as pessoas comprometidas com nosso projeto. E as pessoas que participaram dessa vitória, que não foi apenas o PT. Foram vários partidos que enfrentaram junto conosco essa tempestade que aconteceu no Brasil”, ponderou Lula.
M. V.