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Presidente brasileiro classificou o ato equatoriano como um episódio que “representou uma grave ruptura do direito internacional”
O presidente Lula ligou e conversou com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, na terça-feira (9), e prestou solidariedade ao mandatário centro-americano em repúdio à invasão da embaixada mexicana por policiais no Equador.
Lula “salientou que o episódio representou uma grave ruptura do direito internacional” e disse que “o Brasil acompanhará o tratamento do tema na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC)”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
O presidente López Obrador agradeceu e disse que o México vai levar o caso para a Corte Internacional de Justiça.
“É algo totalmente violatório da nossa soberania, do direito internacional, um ato autoritário, sob todos os pontos de vista. E vamos apresentar nossa denúncia em organismos internacionais, no Tribunal de Justiça Internacional, para que isso não se repita”, disse Obrador.
A polícia equatoriana invadiu a Embaixada do México em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que tinha asilo diplomático. O México já rompeu relações com o Equador.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro já tinha divulgado uma nota comentando que “nem nos piores e nos mais sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente o direito à inviolabilidade dos locais de missão diplomática foi violado”.
Durante a ligação, o presidente Lula falou que pretende viajar para o México ainda em 2024 para “estreitar ainda mais laços econômicos e empresariais entre as nações”. “O líder mexicano afirmou que terá grande prazer em receber a visita de Lula”, continuou a Secom.