“Já faz cinco anos que o salário mínimo não tem aumento real. E ontem ele falou que vai desindexar o salário mínimo [da inflação]. Ou seja, ele está pendendo a não dar mais aumento”, disse Lula em discurso na cidade de Teófilo Otoni, nesta sexta-feira (21)
O ex-presidente Lula denunciou, em evento no Norte de Minas Gerais, que Jair Bolsonaro nunca reajustou o salário mínimo acima da inflação e agora quer que nem mesmo a inflação seja reposta, deixando as famílias pobres ainda mais vulneráveis.
“Já faz cinco anos que o salário mínimo não tem aumento real. E ontem ele falou que vai desindexar o salário mínimo [da inflação]. Ou seja, ele está pendendo a não dar mais aumento, e nós temos 32 milhões de brasileiros ganhando um salário mínimo, dos quais 22 milhões são aposentados”, falou o ex-presidente.
O ex-presidente afirmou que em seu governo vai ser diferente. “O povo vai comer três vezes ao dia, as crianças vão ter escola de qualidade e em tempo integral, no ensino fundamental e no médio”.
Lula participou, nesta sexta-feira (21), de uma caminhada no centro de Teófilo Otoni (MG), ao lado de Simone Tebet (MDB), ex-candidata à Presidência, e da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O senador Alexandre Silveira (PSD) e o prefeito da cidade, Daniel Sucupira.
Em discurso, o ex-presidente se comprometeu com a regulamentação da igualdade salarial entre homens e mulheres, pauta que foi muito importante na campanha de Simone Tebet.
“Vamos regulamentar o que está na Constituição, que é salário igual para trabalho igual. A mulher deve ganhar igual ao homem se ela fizer a mesma função”, afirmou Lula.
A senadora Simone Tebet falou que está apoiando Lula no segundo turno “porque amo a democracia, amo o Brasil e amo o povo brasileiro. Estou aqui pronta para, junto com vocês, tirar da Presidência da República esse presidente desumano, que não ama o Brasil, que não respeita as famílias brasileiras, e que virou as costas para o Brasil no momento que o país mais precisou”.
Ela afirmou que Bolsonaro “flerta com o autoritarismo, questiona o resultado das urnas e disse várias vezes que não o aceitaria. Não existem dois candidatos no segundo turno, mas apenas um. Um coloca as pessoas em primeiro lugar, o outro é desumano”.
“O Brasil que alimenta o mundo deixa cinco milhões de crianças dormirem com fome todas as noites”, acrescentou.
“Quando tirarem a faixa [presidencial] dele – e o povo vai fazer isso -, nós veremos as rachadinhas, a compra de mansão com dinheiro vivo, veremos os escândalos de corrupção deste governo”, apontou.
Tebet ficou em terceiro lugar na disputa do primeiro turno, com 4,9 milhões de votos, representando 4,16% do total.
Marina Silva, ex-ministra e deputada federal eleita, disse que a ampla frente política que apoia Lula no segundo turno “é um movimento dos que estão agindo em legítima defesa da democracia, da dignidade humana, do combate às injustiças”.
“Bolsonaro não vai botar o Brasil de joelhos, não vai fazer o Brasil ficar dividido. A gente está vendo desunião até dentro das igrejas”, apontou.
Ainda no ato em Teófilo Otoni, o vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), disse que “a democracia brasileira está em risco e a única esperança é votar em Lula. No dia 30, vamos votar no Lula porque Lula é a única esperança para que a gente possa resgatar a dignidade, a democracia e a alegria nesse país”.
O senador Alexandre Silveira (PSD) disse que apoia Lula para “resgatar a dignidade do povo brasileiro, defender a mulher e a criança”. “Minas vai dar uma frente maior do que no primeiro turno e eleger o presidente Lula”.