O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Dem-RJ), divulgou vídeo nesta quarta-feira (01) cobrando mais agilidade do governo para que a ajuda emergencial aprovada pelo Congresso Nacional chegue logo as mãos da população que precisa. “A população não pode esperar até dia 16 de abril”, disse Maia no vídeo.
“O governo precisa, rapidamente, construir as condições no Ministério da Cidadania, no INSS para que os recursos do Cadastro Único, para que todos esses recursos cheguem à população brasileira. Esse é o desafio e é o que nós pedimos ao governo: essa sensibilidade”, acrescentou o parlamentar.
O presidente da Câmara esperava do Presidente da República a sanção do projeto, que foi aprovado na segunda-feira (30), no máximo na terça-feira (31), mas isso não ocorreu.
E, para complicar o problema, o ministro Paulo Guedes argumenta que para iniciar a distribuição desses recursos emergenciais seria necessária uma Emenda Constitucional. Esta posição de Guedes praticamente inviabilizaria a distribuição desses recursos ainda no primeiro semestre do ano.
Diversos parlamentares também criticaram a lentidão do governo em atender a população para que ela possa se defender da contaminação como o coronavírus. Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), também há uma demora na liberação dos recursos.“O dinheiro está muito longe de chegar na ponta, tanto das empresas como das pessoas mais necessitadas. Está muito longe porque há uma ineficiência do Executivo”, disse. “Inacreditavelmente, o projeto não foi sequer sancionado. Eu não consigo ter uma compreensão do motivo para isso”, afirmou.
Na avaliação do líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), a lentidão é “injustificada”. “Não há a menor dúvida de que há uma demora injustificável do governo para tomar uma série de medidas, entre elas medidas de apoio aos profissionais liberais e a empresas também”, disse.
De acordo com um dos vice-líderes do PL na Câmara, o deputado Marcelo Ramos (AM) há, “sem dúvida, uma demora” do governo. “É desesperador para o trabalhador que está sem renda nenhuma saber que existe um projeto de lei aprovado para que ele receba R$ 600 por mês e possa, pelo menos, pagar as despesas básicas da família dele e ver um governo, de forma negligente, não tomar as medidas para que esse dinheiro chegue ao bolso do cidadão”, afirmou.
O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) também pede pressa ao governo. “Por se tratar de um auxílio emergencial para uma das parcelas mais carentes da população, é fundamental que esse recurso chegue logo às mãos das pessoas. É gente que já está sofrendo com a perda de renda e que precisa de dinheiro hoje, já, para comprar comida. Da mesma forma, o socorro às pequenas empresas já foi anunciado, mas também não está ainda em vigor”, afirmou.