O líder dos servidores de carreira, Rudinei Marques, presidente Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que representa 200 mil funcionários, falou ao HP, nesta terça-feira (8), sobre a campanha salarial do funcionalismo.
Há três anos sem reposição da inflação, que já corroeu quase 30% dos salários, os servidores vêm intensificando a mobilização contra o arrocho. No início do mês o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), defendeu reajuste apenas para os policiais federais, deixando 90% dos servidores de fora, como parte da política eleitoreira de Bolsonaro.
Rudinei declarou que “nesta semana e na próxima estaremos expandindo a preparação nas bases. Todas as categorias estão em mobilização interna, assembleias, protestos, formas de pressão e os comissionados continuam entregando os cargos. É um período de retomada. Muita gente de férias, teletrabalho. Aqui mesmo na CGU, no Tesouro Nacional, estamos marcando assembleia para terça-feira. Os funcionários do Banco Central param também fazem paralisação nesta quarta-feira por reajuste”.
“Lançamos a campanha salarial em janeiro. Estamos focados no curto prazo. Mesmo no período eleitoral, a gente sabe que o governo pode decidir repor as perdas com a inflação. Isso pode durar até junho. Estamos preparados para levar adiante esta campanha”, afirmou, lembrando que “já tivemos campanhas que extrapolaram um ano de lutas. Não vai ser a primeira vez. Em 2007, só acabou em 2008. Em 2015, se considerarmos os encaminhamentos dos projetos de lei ao Congresso Nacional, foi um ano e meio. Por isso, é manter essa firmeza no calendário de mobilizações”, ressaltou.
PEREIRA