O MDB formalizou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência da República nas eleições de 2022.
O nome da senadora foi homologado nesta quarta-feira (8) em evento no San Marco Hotel, em Brasília, sob um animado coro de “Brasil pra frente, Simone presidente”.
Entre os presentes estavam o presidente da sigla, Baleia Rossi; o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; além dos governadores Helder Barbalho (Pará) e Ibaneis Rocha (Distrito Federal).
Os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do União Brasil, Luciano Bivar, também compareceram, e o Cidadania enviou um representante.
Simone Tebet, até o momento a única candidata mulher ao Palácio do Planalto, é a aposta do maior partido do país para uma candidatura alternativa à polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O slogan é “Uma nova esperança para o Brasil”.
O líder da bancada do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), defendeu a candidatura de Simone contra, segundo ele, a “radicalização de ambos os lados”. O partido declarou independência em relação à gestão Bolsonaro.
Ao discursar no evento, Simone Tebet disse que se faz política “no coletivo” e que “ninguém faz nada sozinho”. A senadora afirmou também que o país precisa de uma “nova arquitetura política” e que esta deve ser a missão dos “democratas” do MDB e demais partidos.
“Essa missão tem clamor da urgência. A urgência porque o nosso povo, o povo brasileiro, está morrendo de fome depois de centenas de milhares brasileiros terem morrido por uma Saúde omissa, insensível e negacionista”, declarou a pré-candidata.
“Enquanto nos lares faltam cidadãos brasileiros, na rua temos o cenário da indigência total. A nossa missão clama por urgência e é urgente”, acrescentou.
A senadora criticou o governo Bolsonaro, acusando-o de não ter projeto para o país, de criar crises artificiais e de promover a discórdia e a polarização.
O anúncio de que o MDB havia decidido lançar a pré-candidatura de Simone Tebet foi feito em novembro, pelo deputado federal Baleia Rossi (SP).
A senadora é filha de Ramez Tebet, ex-presidente do Senado e do Congresso. Ela já foi deputada estadual, vice-governadora do Mato Grosso do Sul e prefeita de Três Lagoas (MS).
Em 2014, foi eleita para o primeiro mandato no Senado. Formada em direito, foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e teve uma atuação de destaque nos trabalhos da CPI da Pandemia, o que fez seu nome ganhar força no partido como candidata à Presidência da República.