“Esse é o Bolsonaro ‘moderado’”? “Ele realmente quer o Brasil como ‘pária internacional’, isolado e sem voz ativa no mundo. Imenso prejuízo para a nossa economia e para a imagem do Brasil”, acrescentou o governador do Maranhão
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou que Jair Bolsonaro foi “desleal” e agressivo por culpar os governadores e prefeitos pela crise econômica e pela inflação em discurso feito na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (21).
“Muita deslealdade de um chefe de Estado usar a tribuna da ONU para atacar governadores e prefeitos do seu país. E para insistir em mentiras sobre a pandemia”, escreveu o governador nas redes sociais.
“Esse é o Bolsonaro ‘moderado’?”, questionou o governador.
Para Dino, “Bolsonaro foi para a ONU fazer discurso de ‘cercadinho’, recheado de fake news e de agressões”.
“Ele realmente quer o Brasil como ‘pária internacional’, isolado e sem voz ativa no mundo. Imenso prejuízo para a nossa economia e para a imagem do Brasil”, acrescentou.
No discurso, Jair Bolsonaro mentiu ao dizer que seu governo criou o auxílio emergencial para atender aos trabalhadores que foram “obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos e que perderam sua renda”.
Disse ainda que “as medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo”.
Os governadores e prefeitos que determinaram medidas de quarentena agiram em conformidade com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e com os melhores exemplos no mundo de combate ao coronavírus. Bolsoanro desrespeitou e atacou estas orientações criminosamente.
As medidas de quarentena impediram que o número de mortes no país, que hoje é superior a 591 mil, fosse ainda maior.
O auxílio emergencial foi criado por pressão e atitude do Congresso Nacional, que com celeridade discutiu e aprovou projetos que viabilizaram os pagamentos.
A atitude do governo foi de tentar barrar o auxílio, mas depois, quando viu que não seria possível, tentou se apropriar do projeto.
Jair Bolsonaro também voltou a defender o tratamento contra Covid-19 usando cloroquina, o que já foi provado que não tem nenhuma eficácia.
Em Nova Iorque, cidade que adotou restrições para pessoas que não se vacinaram, como acesso a restaurantes e ambientes fechados, Jair Bolsonaro, que não se vacinou, está passando por vexames.
No seu primeiro dia, teve que comer pizza na calçada porque não podia comer dentro do restaurante.
Depois, uma churrascaria teve que abrir um espaço na calçada, como um “puxadinho”, para que Bolsonaro e sua comitiva pudessem comer lá.