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Até esta terça-feira (11), o Ministério Público do Trabalho (MPT) já recebeu mais de 170 denúncias de empregadores que estão coagindo, ameaçando ou prometendo benefícios aos funcionários que votarem em determinado candidato nas eleições de 2022– na esmagadora maioria, os casos tratam de assédio eleitoral em favor do candidato Bolsonaro.
A maioria dos registros concentram-se no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, com 83 casos. Em segundo lugar está a região Sudeste, com 45 denúncias e, em seguida, as regiões Nordeste (23 registros), Centro-Oeste (13) e Norte (11 casos).
Em um dos casos em que o MPT já agiu está o do pecuarista Cyro Toledo, que prometeu pagar 15º salário aos seus empregados caso o presidente Jair Bolsonaro ganhe as eleições.
Outra denúncia refere-se a uma psicóloga de uma rede de recursos humanos de Pernambuco, que ameaçou demitir trabalhadores que declarassem apoio ao ex-presidente Lula.
O MPT também multou em R$ 300 mil um empresário do Pará, que prometeu R$ 200 a cada funcionário que votasse em Bolsonaro, ou ao menos não votasse em Lula.
Ainda antes do primeiro turno, o MPT atuou e firmou termo de ajustamento de conduta, no caso da ruralista Roseli Vitória, acusada de incentivar em suas redes sociais que os empregadores do setor agropecuário “demitissem sem dó” quem manifestasse apoio ao candidato Lula.
Conforme o MPT, as denúncias sobre assédio eleitoral das Procuradorias Regionais do Trabalho de cada estado brasileiro são compiladas e divulgadas diariamente. Após investigação e ação do órgão, a prática pode ser punida com até quatro anos de reclusão e multa, no âmbito da Justiça Eleitoral, além de penas na esfera trabalhista.