O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que tem à frente Damares Alves, só utilizou metade do orçamento da pasta em 2021.
É o terceiro ano seguido que o ministério, que tem entre suas atribuições levar adiante programas de enfrentamento à violência contra a mulher e de defesa dos direitos humanos e minorias no país, fecha sua gestão gastando menos dinheiro do que poderia em suas ações.
Do orçamento planejado de R$ 482,7 milhões, o ministério utilizou efetivamente apenas R$ 211,4 milhões, ou seja, 43,8% dos recursos.
Só para se ter uma ideia da incompetência, ou seja lá que nome dar a isso, no ano (2021) em que houve o segundo maior número de denúncias por violência doméstica registradas nos últimos 12 anos, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a Casa da Mulher Brasileira, local de apoio e acolhimento a vítimas de violência, instituição gerida pelo ministério, não teve nenhum pagamento do valor empenhado para esta finalidade.
Segundo levantamento do jornal Metrópoles, a maior parte do dinheiro desembolsado pelo ministério foi para o pagamento de servidores, incluindo auxílio moradia e salários.
Na verdade, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos de Damares Alves é o ministério do desserviço, já que sua atividade conhecida mais recente foi a criminosa campanha contra a vacinação infantil anti-covid, em que o órgão produziu uma nota criticando a obrigatoriedade das vacinas, e se empenhou em disponibilizar um canal de denúncia – o Disque 100 – para pessoas antivacinas reclamarem por não poder acessar locais que exigem comprovante.