Na última sexta-feira (2), em visita oficial em Campina Grande, na Paraíba, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a cobrança para a redução dos valores das passagens aéreas no Brasil.
“Nós vamos cobrar também de forma muito vigorosa das empresas aéreas que isso chegue na ponta. Porque não basta um esforço nosso na diminuição dos preços dos combustíveis, se essas diminuições forem capturadas na cadeia, ela tem que chegar na ponta, tem que chegar na bomba, tem que chegar na passagem aérea”, disse.
Para que essa mudança nos valores chegue até a população, o ministro conta com a mediação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP).
A insistência na baixa dos preços acompanha, na lógica do governo, as reduções nos preços dos combustíveis usados a gasolina comum, que não são como a gasolina comum, por exemplo, mas também são distribuídos pela Petrobrás.
“Anunciei há poucos dias junto com o presidente da Petrobrás a mudança da política de preços do governo e também da Petrobrás […]. E nós tivemos ali já um avanço na redução do preço do diesel, na redução do preço da gasolina. Agora nós estamos cobrando fortemente das petroleiras nacionais que também apresentem uma mudança do preço. Ontem nós já tivemos uma resposta, 14% de redução, o que vai impactar ai agora”, continuou.
O ministro também afirmou que vai encaminhar um projeto de lei para aumentar o desconto da tarifa social nas contas de energia da população.
“Nós estamos trabalhando num projeto para acabar com essa distorção”, assegurou. O ministro visitou o Instituto Nacional do Semiárido (Insa).
A tarifa social oferece desconto nas contas de luz das pessoas em vulnerabilidade socioeconômica. Atualmente, o maior desconto, de 65%, é apenas para residências que gastem até 30 kw/h.
Silveira ainda citou que Norte e Nordeste pagam uma das contas mais caras do Brasil. “O consumidor que continua regulado pelas distribuidoras, que não teve a condição econômica de sair e gerar a sua própria energia, paga uma das contas mais caras do Brasil, principalmente do Norte e Nordeste brasileiro. (…) precisamos inverter essa lógica”, argumentou Silveira.