Convidados por Bolsonaro, alguns ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) já avisaram que não irão ao café da manhã na próxima terça-feira (27).
De acordo com relatos, Jorge Oliveira, atual TCU e ex-ministro do governo Bolsonaro, foi o articulador do encontro.
O convite de Bolsonaro acontece após várias cobranças do TCU sobre irregularidades do governo, principalmente na gestão durante a pandemia.
Neste mês, o tribunal recomendou multa a Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por falhas na gestão.
A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou na semana passada aos membros da Corte a abertura de um processo para averiguar a conduta do ministro da Defesa, general Braga Netto, no combate à Covid-19 no período em que comandou a Casa Civil e coordenou o Comitê de Crise do governo.
Por sua vez, um estudo do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que houve ineficácia e omissão por parte das autoridades no combate à pandemia de Covid-19, apontando que o governo federal chegou a alterar documentos para se eximir da responsabilidade de liderar as ações ao ponto de não monitorar o fornecimento de remédios de intubação em postos de saúde.
E, mais recentemente, o tribunal apontou que há indícios de “potencial prejuízo ao Erário” na manobra do governo que desviou R$ 7,5 milhões doados pelo frigorífico Marfrig ao Ministério da Saúde para um programa dirigido por Michelle Bolsonaro.
A doação, anunciada pelo frigorífico em 23 de março do ano passado, tinha como finalidade específica a aquisição de testes rápidos para diagnóstico de Covid-19. O Brasil enfrentava naquele momento as primeiras semanas da pandemia e a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da disseminação da doença era a testagem em massa da população.
Os recursos, no entanto, foram parar no caixa do programa Pátria Voluntária, que é comandado pela primeira-dama.