Jair Bolsonaro comemorou a matança, que ele chamou de “neutralização”, de 25 pessoas na operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro na Vila Cruzeiro.
Em publicação nas redes sociais, deu os “parabéns aos guerreiros do BOPE e da Polícia Militar do Rio de Janeiro que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa”.
A operação não cumpria nenhum mandado e foi realizada de última hora, após uma operação de “inteligência” falhar. 80 policiais militares e 26 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) entraram na Vila Cruzeiro, usando helicópteros e veículos blindados.
Foram mortas 25 pessoas e apreendidos 13 fuzis na operação.
Uma moradora da Chatuba, que fica ao lado da Vila Cruzeiro, Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, morreu por uma bala perdida. Entre os mortos também está um jovem de 17 anos.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro, depois da repercussão negativa da operação, disse que “não é possível considerar exitosa uma operação com resultado morte, principalmente envolvendo a perda da vida de uma pessoa inocente – a senhora Gabrielle”.
Só Bolsonaro e os milicianos comemoraram o “sucesso” da chacina.
Essa foi a segunda operação mais sangrenta do Rio de Janeiro, perdendo apenas para a operação no Jacarezinho, que resultou na morte de 28 pessoas, em maio de 2021. Na época, Bolsonaro também parabenizou policiais pela chacina.