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Presidente do Senado e vice-presidente do TSE usaram as redes sociais para lamentar o crime no Paraná. A sociedade clama por ações efetivas das autoridades políticas. “O respeito à livre escolha de cada um dos mais de 150 milhões de eleitores é sagrado”, escreveu Alexandre de Moraes. Bolsonaro vive dizendo que não vai respeitar a escolha dos eleitores, se não for a favor dele
O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), usou o Twitter, no domingo (10), para demonstrar pesar sobre o assassinato, durante festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no Paraná, do tesoureiro do PT na cidade, Marcelo Arruda.
O assassino é um bolsonarista que invadiu a festa e desferiu dois tiros, a queima-roupa, em Arruda, sem nunca tê-lo visto.
“O assassinato de um cidadão, durante a comemoração de seu aniversário com a temática do candidato Lula, é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie”, escreveu Pacheco.
Arruda foi assassinado na madrugada de domingo, em Foz do Iguaçu (PR), pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho. Ele comemorava seus 50 anos com festa temática com bandeiras do PT e a foto do ex-presidente e pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Guaranho não é apenas eleitor de Bolsonaro. É militante bolsonarista. Essa morte tem a digital do presidente da República.
O senador falou da importância de combater o ódio, principalmente por parte dos líderes políticos, que fere os princípios da vida em família, em sociedade e em numa democracia.
Para Pacheco, a convivência com o contraditório deve ser mais do que respeitada. “Deve ser preservada e estimulada, pois é dessa forma que podemos, por meio de diálogo e busca de consensos, evoluir para um país melhor. Duas vidas perdidas na tragédia. Meus sentimentos sinceros aos familiares”, lamentou, na publicação.
Na verdade, o assassino não morreu como informara inicialmente a polícia. Ele está hospitalizado, em estado grave, mas estável, segundo informações médicas.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, também se manifestou: “A intolerância, a violência e o ódio são inimigos da democracia e do desenvolvimento do Brasil. O respeito à livre escolha de cada um dos mais de 150 milhões de eleitores é sagrado e deve ser defendido por todas as autoridades no âmbito dos 3 Poderes”. Moraes é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assumira a presidência do órgão no mês que vem.
ASSASSINATO REPERCUTE NO MUNDO POLÍTICO
“Legado de Jair Bolsonaro [PL] para o país”. Assim reagiu Guilherme Boulos (PSol-SP), que é candidato a deputado federal.
Também por meio do Twitter, a pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, senadora Simone Tebet (MS), escreveu que o caso deve “soar o alerta definitivo” de que “adversário não é inimigo” e que demonstrações de intolerância, ódio e violência política não podem ser admitidas. A senadora se solidarizou. “Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade”, escreveu.
A ex-senadora e ex-ministra Maria Silva (Rede), pré-candidata a deputada federal por São Paulo, tuitou: a morte do petista é “consequência da guerra do ‘bem contra o mal’ invocada por Bolsonaro que gera dor, medo e lágrimas para todos os lados”. Ela pediu um “basta” na “política de violência”.
M. V.