Durante a exibição do programa “Caldeirão do Huck”, da TV Globo, transmitido no sábado (8), o apresentador Luciano Huck culpou as ações do governo brasileiro na pandemia pela morte do comediante Paulo Gustavo. “Foi uma partida injusta porque poderia ser evitada. Se o Brasil tivesse levado a sério essa pandemia desde o começo, hoje todos nós já estaríamos vacinados. E o Paulo não teria partido”, disse o apresentador.
O humorista Paulo Gustavo morreu em 4 de maio por complicações da Covid-19. Sua morte causou comoção por todo o país.
O apresentador elogiou a intensidade e a “pressa de viver” de Paulo Gustavo e disse que chorou a perda ao lado do filho Benício, lembrando que, em 2019, quando o menino sofreu um acidente, o ator cantou “O Pato” em homenagem a ele, durante apresentação em um teatro lotado.
“Ele ia muito além de fazer graça. Tinha muito afeto, tinha acolhimento, tinha representatividade. Ele era exatamente assim, na tela ou fora dela, no palco ou na coxia. Ele tinha essa pressa de viver”, lembrou.
“Na vida pessoal, ele rompeu barreiras e preconceitos, formou sua família, desbravando caminhos e derrubando muros de preconceito. Como cidadão, era inquieto, levantou bandeira, defendeu minorias e criticou absurdos dos últimos tempos. Em janeiro, quando faltou oxigênio em Manaus, ele foi o primeiro a me ligar e disse, como podemos ajudar? E ajudou”.
Durante o programa, Huck ainda comparou a situação brasileira em comparação à dos Estados Unidos, dizendo que o país mudou o jeito de encarar a pandemia após a saída de Donald Trump da presidência da República. “Eles tiveram a sabedoria de ouvir a ciência e mudaram os rumos. Em três meses, vacinaram a população. Agora, a Broadway anunciou que vai reabrir suas cortinas. Aqui, seguimos chorando nossos mortos. É muito revoltante”.