“Não vão me tirar no tapetão”, berrou o capitão cloroquina, referindo-se ao crescimento da proposta de impeachment por conta de sua sabotagem à luta contra a pandemia e às denúncias de roubo na compra da Covaxin
As revelações feitas à CPI pelos irmãos Miranda, sobre o esquema criminoso de corrupção montado por Ricardo Barros (PP-PR), com a cumplicidade de Bolsonaro, no Ministério da Saúde para dar um golpe de 45 milhões de dólares num contrato de R$ 1,6 bilhão, deixaram desbaratado o capitão cloroquina.
Com a decisão da CPI de apresentar uma notícia-crime contra Bolsonaro na segunda-feira (28), Bolsonaro, em Chapecó (SC), discursou e fez ataques à CPI da Covid. “Não adianta provocarem, inventarem, quererem nos caluniar, nos atacar 24 horas por dia porque não conseguirão. Só uma coisa me tira de Brasília: é o nosso Deus. Não vão ganhar no tapetão ou inventando narrativas”, disse.
“Tapetão”, para ele, é a Constituição do Brasil, que prevê o impeachment para governantes que cometem crimes de responsabilidade. E Deus, para ele, é mera projeção de si próprio – uma vez que é impensável que Deus proteja assassinos, corruptos ou fascistas.
Ele seguiu xingando os denunciantes, que eram apoiadores de seu governo, e os membros da CPI. “Temos uma CPI de sete pilantras que não querem investigar quem recebeu o dinheiro. Apenas quem mandou o dinheiro. Lamentavelmente, o Supremo decidiu pela CPI, e decidiu também que governadores [não são obrigados] a comparecer. Querem apurar o quê? No ‘tapetão’, não vão levar”, afirmou.
Ao tomar conhecimento das declarações de Bolsonaro em Chapecó, o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz, observou que ele omitiu qualquer menção aos denunciantes, em especial ao deputado Luís Miranda (DEM-DF), membro da base governista e até participante de algumas de suas “motociatas”.
“É inusitado o presidente dizer que tem 7 picaretas na CPI, mas ele não fala nada sobre o deputado Luis Miranda. Está com medo presidente?”, disse Aziz. “Quem lhe acusou foi o deputado Luis Miranda, não foi a CPI”.
Sobre os denunciantes, Bolsonaro disse que mandou a PF investigá-los. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, já está caracterizado o crime de prevaricação, quando o presidente recebeu uma denúncia de corrupção em seu governo, e não tomou nenhuma providência.
“O que a CPI vai investigar agora é a presença de outros crimes”, disse o senador.
Na sexta-feira (25), a Comissão Parlamentar de Inquérito ouviu o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, que prestaram depoimento e disseram ter informado ao presidente de irregularidades no contrato de compra da vacina Covaxin.
Luis Miranda ligou a “pressão atípica” que seu irmão teria recebido internamente no Ministério à atuação do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados. Segundo Miranda, Bolsonaro teria citado nominalmente Barros quando o avisou sobre o contrato da Covaxin.
Bolsonaro tinha dito aos Miranda que encaminharia a denúncia, com a documentação mostrada a ele, ao diretor geral (DG) da Polícia Federal. Entretanto, semanas depois, presenteou Ricardo Barros, nomeando sua mulher para um cargo com proventos de R$ 27 mil mensais em Itaipu.
Sem máscara no percurso entre as cidades de Chapecó e Xanxerê, no Oeste catarinense, Bolsonaro gerou aglomeração de apoiadores. O tumulto começou por volta das 9h20, no Distrito Industrial Flávio Baldissera. Depois de percorrer as vias do município, os participantes chegaram por volta das 10h40 em Xanxerê, cidade na mesma região, para a reinauguração de uma agência da Caixa Econômica Federal. Posteriormente, às 10h50, o grupo retornou a Chapecó e chegou ao local perto do meio-dia.
Chapecó fica em uma das 15 regiões de saúde de Santa Catarina em situação gravíssima por causa da Covid. Na cidade, 35,3 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus e 649 morreram por conta da doença desde março de 2020, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em Santa Catarina, 1.041.664 pessoas pegaram o vírus, sendo que 16.628 morreram após complicações.
S.C.
esse crápula, misógino, covarde e genocida(bolsonaro) deveria contrair um CANCER na língua, para não mais usar o santo nome de Deus em vão.