Entidades do movimento estudantil se somarão aos protestos contra Bolsonaro marcados para este domingo (12), na avenida Paulista. O ato, convocado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua!, já conta com a adesão de entidades do movimento social e de partidos como PSDB, PDT, PSB, PCdoB, Cidadania, PSol, PV, Solidariedade e Rede.
Em entrevista ao HP, Bruna Brelaz, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), afirmou que o ato de domingo “pode ser o momento de conseguir ampliar o diálogo para que outros setores façam parte das mobilizações pelo Fora Bolsonaro”.
“A UNE, nas resoluções de seu último congresso, aprovou a campanha pelo Fora Bolsonaro. Então toda e qualquer manifestação que tenha esse objetivo precisamos dar força”, completou Bruna.
Lucca Gidra, diretor da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), afirmou que “é fundamental que todos participem dos atos contra o governo Bolsonaro, não apenas os estudantes, mas toda a sociedade. A gente não pode ter medo da amplitude. Só é possível fazer um real combate contra o fascismo, contra esse governo obscurantista, ampliando nossas forças nas ruas”.
Bruna continuou na mesma direção. Lembrando da importância histórica dos estudantes nos momentos de maior luta em defesa do Brasil e do povo, a líder estudantil afirmou que “a participação da juventude nos atos pelo Fora Bolsonaro deve se intensificar, principalmente com a perspectiva de vacina, perspectiva de volta às aulas seguras, voltando a se movimentar pela cidade, pelas escolas, possibilitando uma ampliação dessas mobilizações. Se a gente for pegar a caracterização das manifestações bolsonaristas, eles têm um perfil majoritário que não é de juventude, ressaltou.
Os estudantes afirmam que o dia 12 será um primeiro ato rumo a consolidação de uma grande frente nas ruas contra Bolsonaro. E lembraram que, para isso, é necessário que se mantenham as portas abertas para a participação de todos que sejam contra o governo Bolsonaro.
“Considero muito importante a sinalização das entidades organizadoras do ato no sentido da amplitude. Existe uma articulação para que haja de fato uma pauta central do Fora Bolsonaro. Que todos consigam ali atuar e compactuar para que a gente consiga reeditar, daqui para a frente, os atos das Diretas Já, isso é importante”, concluiu Bruna Brelaz.
“O 12 de setembro será um ato amplo e acontecerá justamente no momento em que Bolsonaro desfere vários ataques à democracia e agora busca enganar o povo com aquela carta de falso recuo. Da mesma forma como fizemos nos Tsunamis da Educação, quando construímos grandes atos através das mobilizações por meio de assembleias que faziam um contraponto ao governo federal e ao Ministério da Educação, o movimento estudantil está novamente em busca de ampliar ainda mais a participação dos estudantes para derrotar de vez esse governo”, disse Lucca.