Após vídeo divulgado por advogada denunciando que o Outback obrigava os trabalhadores a atender os clientes ajoelhados, em São Luís (MA), a empresa disse que extinguiu a prática. O Ministério Público do Trabalho (MPT) foi acionado e afirmou que irá investigar o caso.
O caso aconteceu no último dia 16, quando a advogada Beatriz Salgado disse que, ao ser atendida, os funcionários se mantinham de joelho e, ao dizer que a funcionária não precisava ficar ajoelhada para atendê-la, a moça respondeu que “era tradição do Outback”.
“A mulher veio me atender e aí, do nada, ela abaixa. Não percebi no primeiro momento. Aí, logo depois, vem outro funcionário me atender e ajoelha de novo. E nessa hora eu perguntei ‘moça, por que você está de joelho?’, ela me respondeu que era ‘tradição’ do Outback”, relatou a advogada no vídeo.
A funcionária teria relatado que quando os trabalhadores foram fazer o treinamento, a orientação era ficar de joelhos para ficar no alcance dos olhos do cliente, para ficar no “mesmo patamar”. “Eu respondi: moça, isso não é o mesmo patamar. Isso é servidão, subserviência porque você está de joelhos para o cliente. Não importa se você está no mesmo alcance de olhar, você continua de joelhos”, disse a advogada.
A advogada ainda afirma no vídeo que não importa se o estabelecimento é privado. Ele não pode obrigar os funcionários a esse tipo de prática degradante. “Desde que existem os direitos humanos, regras são regras”, disse.
Em nota, o Outback Brasil informou que a prática era opcional e que nunca obrigou nenhum funcionário a se ajoelhar durante os atendimentos, mas admitiu que a prática foi extinta.