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Mulheres representam 24% dos trabalhadores formais. De acordo com o estudo da entidade, elas são maioria em apenas dois setores: artigos do vestuário e acessórios (72,7%) e fabricação de produtos do fumo (51%)
Estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), sobre a mão de obra feminina na indústria de São Paulo, aponta que as trabalhadoras recebem em média R$ 3.294,75 por mês, valor 14,7% menor que a média dos homens do setor (R$3.863,68 por mês).
As mulheres representam 24% dos trabalhadores formais: 736.473 de um total de 3.056.837 trabalhadores na indústria de São Paulo. Segundo a entidade, com a diferença de salários diminuindo em média 1,0 ponto percentual ao ano desde 2006, a paridade salarial só deve ocorrer em 2035.
“Esta diferença reduz gradativamente desde o início da série em 2006, quando a diferença salarial era de 30,5%. Neste ritmo, a uma média de 1,0 ponto percentual ao ano, a paridade salarial no setor irá ocorrer apenas em meados da próxima década, no ano de 2035”, afirma a Fiesp, em nota.
A indústria de transformação é o setor que menos paga as mulheres, com média mensal de R$ 3.272,7, sendo 22,7% abaixo dos homens (R$ 4.235). Já o setor que contempla o maior salário para as mulheres é a Indústria Extrativa, média mensal de R$7.165,38, 27,0%, maior que o recebido pelos homens, que representam 88% do setor.
MULHERES SÃO MAIORIA EM APENAS DOIS SETORES
O percentual das mulheres na indústria de São Paulo, apesar de ser um avanço ao mesmo indicador de uma década atrás (23,5% em 2011), não é a maior, já que o pico ocorreu no ano de 2017 quando as mulheres representavam 24,6% do total de empregos formais no setor industrial paulista.
De acordo com o estudo, as mulheres são maioria em apenas dois setores: artigos do vestuário e acessórios (72,7%) e Fabricação de produtos do fumo (51%).
Já os setores com menor participação feminina são: Obras de infraestrutura (8,8%), Extração de minerais não-metálicos (9,9%) e Serviços especializados para construção (9,5%).
Em total absoluto, as principais ocupações de mulheres estão localizadas nas áreas de Alimentadora de linha de produção (97.346), Assistente administrativa (44.982), Auxiliar de escritório (43.635) e Faxineira (25.128).
ESCOLARIDADE
Por nível de escolaridade, as trabalhadoras da indústria paulista na sua maioria (56,6%) têm o ensino médio completo, seguido pelo ensino superior completo (21,4%). Nas análises da participação total de trabalhadores por escolaridade, em nenhuma delas as mulheres são maioria. A participação maior consta na faixa daqueles com doutorado: 58,6% de homens e 41,4% de mulheres.