O prefeito do Rio, Eduardo Paes, respondeu às críticas no Twitter do secretário de cultura, Mário Frias, que reclamou da exigência municipal de apresentação do comprovante de vacinação para entrada em shoppings, hotéis e áreas internas de bares e restaurantes como medida de controle da pandemia. Paes reafirmou nas redes que diversão “aqui (no Rio) só vacinado”.
“Aqui só vacinado! Aí você pode se divertir muito. Se é que vão te aceitar em qq lugar… Em tempo: curte aí o samba da Vila homenageando o grande Martinho!”, escreveu o prefeito, ao responder a mensagem de Frias que criticava o fato de o prefeito estar num samba.
Em outro tweet, Paes continuou a responder o bolsonarista.
O bolsonarista Mario Frias se revoltou em seu perfil nas redes sociais para contar que a mulher e a filha tiveram que deixar o hotel em que estavam hospedadas no Rio por não apresentarem passaporte de vacinação, protocolo em vigor na cidade para conter a contaminação.
“Um merda inútil ter a coragem de impedir minha família de ter um teto para dormir às 21h da noite é criminoso. O mais revoltante é que, enquanto eles tratam o povo como escravo, estão por aí farreando e bebendo, como canalhas hipócritas que são!”, disse.
Em decreto publicado no início de dezembro, a Prefeitura do Rio ampliou a cobrança do passaporte vacinal. A lista de estabelecimentos em que é exigida a comprovação da imunização contra a Covid-19 aumentou e, a partir de agora, será preciso apresentar o certificado para acessar shoppings, ir a áreas internas ou com cobertura de restaurantes e bares, se hospedar em hotéis e utilizar serviços de transporte individual, como táxi e aplicativo.
Mario Frias, por sua vez, é um dos bolsonaristas mais empenhados em permitir a ampla propagação do vírus sob uma falsa bandeira de liberdade de escolher ou não se vacinar. Em novembro, foi publicada uma portaria editada pelo secretário especial da Cultura proibia a exigência de passaporte sanitário em projetos financiados pela Lei Rouanet.
De acordo com o Ministério Público Federal, que solicitou à Justiça a derrubada da portaria, a medida adotada por Frias teve como objetivo “interferir nas medidas sanitárias e epidemiológicas” e representa um “desvio de finalidade”, porque não cabe a um órgão subordinado ao Ministério do Turismo determinar ações de prevenção e controle da Covid-19.