O Papa Francisco denunciou em sua mensagem de Natal, nesta segunda-feira (25), a “desesperadora” situação humanitária dos palestinos na Faixa de Gaza e apelou por uma resolução pacífica para a questão palestina.
O Papa cobrou esforço para que “as operações militares, com as suas dramáticas consequências de vítimas civis inocentes, cessem e que a situação humanitária desesperada seja remediada, permitindo a chegada de ajuda”. O Pontífice também renovou apelo urgente à libertação daqueles que ainda são mantidos como reféns.
Francisco fez, ainda, um forte apelo durante sua mensagem para “que a violência e o ódio não continuem a ser alimentados, mas que seja encontrada uma solução para a questão palestina, através de um diálogo sincero e perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e pelo apoio da comunidade internacional”.
Na mensagem, o papa afirmou que carrega “no coração a dor pelas vítimas do atentado de 7 de outubro”, mas não citou o nome do grupo islâmico Hamas.
Em Belém, na Cisjordânia ocupada, onde segundo a tradição cristã Jesus nasceu, a prefeitura suspendeu a maior parte das festividades e as ruas, que costumam ficar lotadas nesta época, estavam quase desertas. O Papa dirigiu-se então aos cristãos da Terra Santa: “A todas abraço, em particular às comunidades cristãs de Gaza e de toda a Terra Santa”.
Francisco dirigiu-se também aos líderes do continente americano “para encontrarem soluções adequadas que conduzam à superação das dissensões sociais e políticas, à luta contra as formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, à resolução das desigualdades e ao enfrentamento do doloroso fenômeno das migrações”.
Na missa do dia 24, o Papa lembrou da situação difícil dos cristãos palestinos, que foram obrigados a cancelar a maioria das festividades de Natal este ano em Belém, onde nem a tradicional grande árvore de Natal nem o presépio em tamanho natural foram instalados devido a situação de guerra.
