O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), avalia que, “hoje, Bolsonaro está mais perto de um impeachment do que arrastar as Forças Armadas para uma quartelada ao modo boçal bolsonarista de ser”.
Em suas redes sociais, Ciro fez uma publicação avaliando as mudanças no governo Bolsonaro realizadas na segunda-feira (29).
As atitudes criminosas de Jair Bolsonaro durante a pandemia de coronavírus, que permitiram que o Brasil atingisse 315 mil mortos e menos de 8% da população vacinada, além do fracasso da gestão econômica, juntaram os pobres, os ricos e a classe média contra o seu governo, avaliou Ciro Gomes.
“A crise brasileira está se transformando na tempestade perfeita. Pandemia fora de controle anuncia recordes de mortes e de lentidão na vacina. Óbvia consequência de um ano de incompetência, irresponsabilidade e conduta genocida. Economia em degringolada geral”, disse.
Nessa situação, “manda seus amalucados derradeiros tentar acender um pavio de pólvora das frações ‘amiliciadas’ das polícias militares a partir de uma tragédia humana ocorrida em Salvador, anuncia a iminência do caos, fala em estado de sítio, e demite, sem cortesia ou mínimo respeito, o general que colocou no ministério da Defesa, porque este não endossou sua escalada terrorista contra o povo brasileiro, suas federações, suas instituições, sua Constituição”.
Ciro está falando da demissão de Fernando Azevedo e Silva, que se recusou a tentar alinhar as Forças Armadas às intenções golpistas de Jair Bolsonaro.
“A tentativa” de Jair Bolsonaro “é de assumir e demonstrar um poder violento que, a seu comando, viesse em socorro de seu governo falido, genocida e corrupto”.
Na terça-feira (30), os comandantes do Exército, Edson Leal Pujol, da Marinha, Ilques Barbosa, e da Aeronáutica, Antônio Carlos Bermudez, pediram demissão porque rejeitam o golpismo de Bolsonaro.